O clima de tensão voltou a crescer na Faixa de Gaza nesta terça-feira (14), após o Exército de Israel abrir fogo contra suspeitos que se aproximaram de suas tropas no norte do território palestino. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), o grupo teria ultrapassado a chamada “linha amarela”, limite de segurança estabelecido no acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

De acordo com o comunicado militar, os soldados tentaram afastar os indivíduos antes de atirar, mas eles “não obedeceram às ordens e continuaram se aproximando das tropas”. As IDF classificaram o ato como uma violação direta do acordo de trégua.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos seis palestinos morreram durante o incidente, o primeiro registro de disparos israelenses desde o início do cessar-fogo. O exército israelense reforçou o pedido para que os moradores da região evitem se aproximar das áreas de segurança onde há presença militar.

O episódio ocorre um dia após o Hamas libertar os últimos reféns israelenses vivos e Israel liberar palestinos detidos, em cumprimento ao acordo firmado com mediação internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a declarar na segunda-feira (13) o fim oficial da guerra de dois anos entre Israel e o Hamas, que deixou milhares de mortos e provocou devastação em Gaza.

Com o novo tiroteio, cresce o temor de que a frágil trégua possa ser rompida, reacendendo o conflito em uma região já marcada por instabilidade e sofrimento humanitário.