O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), embarca nesta segunda-feira (29) para Brasília, onde se reunirá com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro acontece em meio às movimentações do PL para montar a chapa que disputará as eleições legislativas de 2026 no estado.

Segundo informações, Bolsonaro tem se dedicado nas últimas semanas à definição de um “mapa eleitoral” que fortaleça a bancada conservadora no Congresso Nacional. O tema foi debatido em reunião recente entre o ex-presidente e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Com a permanência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, o partido busca nomes para substituí-lo na corrida eleitoral por São Paulo. Uma das opções defendidas por Tarcísio é o atual secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, hoje filiado ao PP. A ideia seria atrair Derrite para o PL ou promover uma coligação que garanta a ele uma das vagas.

A outra vaga segue em aberto. Entre os cotados estão os deputados federais Marcos Feliciano (PL-SP) e Cezinha Madureira (PSD-SP), além do vice-prefeito da capital paulista, Ricardo Mello Araújo (PL).

Lula também articula chapa no estado

No campo adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não definiu sua estratégia para São Paulo. Entre os nomes avaliados para disputar o Senado ou cargos majoritários estão os ministros Fernando Haddad (PT), atual titular da Fazenda, e Simone Tebet (MDB), do Planejamento.

Tarcísio evita falar em sucessão presidencial

Embora a visita a Bolsonaro tenha como foco a disputa legislativa, temas nacionais devem entrar indiretamente na conversa. Tarcísio tem afirmado que não discutirá nem a chapa presidencial de 2026 nem a articulação em torno do PL da Anistia, proposta que busca livrar apoiadores de Bolsonaro de punições relacionadas aos atos de 8 de janeiro. Aliados próximos, no entanto, admitem que ambos os assuntos são difíceis de evitar.

Nos bastidores, Bolsonaro tem dito a familiares e aliados que ainda não escolheu um nome para disputar a presidência em seu lugar em 2026. Segundo interlocutores, uma decisão só deve ser tomada em 2025.