Salvador lidera ranking de altas no aluguel e pesa no bolso do soteropolitano
Preços subiram 18,9% em 12 meses, bem acima da inflação e da média nacional
Por: Lorena Bomfim
17/09/2025 • 13:41
O custo de morar de aluguel em Salvador ficou mais pesado no último ano. Segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial, divulgado nesta terça-feira (16), os preços subiram 18,92% nos últimos 12 meses, quase o dobro da média nacional (10,04%). A capital baiana teve a segunda maior alta do país, atrás apenas de Teresina, que registrou aumento de 20,48%.
A variação na capital baiana também superou em muito a inflação oficial medida pelo IPCA, de 5,13% no mesmo período. O levantamento acompanha 36 cidades brasileiras, todas com elevação no valor dos aluguéis.
Em agosto, a média nacional avançou 0,66%, após uma sequência de desaceleração nos meses anteriores. O resultado ficou acima de outros índices de preços, como o IPCA/IBGE (-0,11%) e o IGP-M/FGV (+0,36%). No acumulado de 2025, os aluguéis no país já aumentaram 6,83%. Entre as capitais, além de Salvador, destacaram-se Belém (+11,99%) e Teresina (+15,20%).
O estudo aponta ainda que os imóveis de três dormitórios tiveram a maior variação em agosto (+0,87%), enquanto os de dois quartos subiram 0,54%. No recorte de 12 meses, entretanto, os apartamentos de um dormitório foram os que mais valorizaram, com alta de 10,99%.
Em nível nacional, o preço médio de locação em agosto foi de R$ 49,77 por metro quadrado. Os imóveis de um quarto apresentaram o valor mais alto (R$ 66,99/m²), enquanto os de três dormitórios registraram o menor (R$ 42,59/m²). Entre as capitais, São Paulo liderou com o metro quadrado mais caro, a R$ 61,69.
Apesar da valorização, a rentabilidade do aluguel segue abaixo de aplicações financeiras tradicionais. Em agosto, ficou em 5,94% ao ano. Os imóveis de um quarto tiveram o melhor desempenho (6,70% a.a.) e os de quatro ou mais dormitórios, o menor (4,87% a.a.). Entre as capitais, Belém apresentou a maior rentabilidade, com 8,44% ao ano.
Relacionadas