Preta Gil morre aos 50 anos e corpo será repatriado dos EUA para o Brasil
Procedimento pode ultrapassar R$ 50 mil e envolve etapas com consulado e funerária
Por: Iago Bacelar
21/07/2025 • 13:37
A cantora Preta Gil faleceu neste domingo, 20, aos 50 anos, em Nova York, nos Estados Unidos, onde realizava tratamento contra um câncer no intestino. O procedimento de repatriação do corpo já foi iniciado pela família, incluindo o pai, Gilberto Gil, e envolve custos e exigências burocráticas para o traslado internacional.
Ainda não há definição sobre velório ou local de sepultamento, mas Preta Gil havia manifestado a vontade de ser enterrada em Salvador, cidade onde viveu parte da infância e manteve forte conexão afetiva.
Entenda como funciona a repatriação de corpos
Quando um brasileiro morre no exterior, a família precisa notificar o consulado do Brasil mais próximo. O processo de repatriação exige uma série de documentos e procedimentos específicos. Entre os principais requisitos estão:
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Certidão de óbito emitida no país onde ocorreu o falecimento
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Tradução juramentada da certidão
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Laudo de embalsamamento, obrigatório em qualquer traslado
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Autorização oficial para transporte do corpo
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Passaporte do falecido
Também é necessário contratar uma funerária especializada, responsável por embalsamar o corpo, providenciar os documentos exigidos e organizar o transporte. O corpo pode ser trazido ao Brasil por meio de voo comercial ou fretado, dependendo da situação.
Custos da repatriação podem ultrapassar R$ 50 mil
O custo do transporte de corpos entre países varia conforme a distância, o tipo de transporte escolhido e os serviços funerários contratados. Estimativas apontam que o valor pode passar de R$ 50 mil, especialmente em casos que envolvam longas distâncias, como entre os Estados Unidos e o Brasil.
Em geral, os gastos incluem o preparo do corpo, taxas consulares, documentação legal, transporte terrestre e aéreo, além da burocracia exigida tanto no país de origem quanto no destino.
Novo decreto permite custeio público em casos específicos
Desde julho de 2025, o governo federal pode custear o traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior, em situações excepcionais. A nova norma foi assinada pelo presidente Lula após o caso de Juliana Marins, que morreu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia.
A partir dessa mudança, o Ministério das Relações Exteriores passou a considerar o financiamento do traslado quando houver grande comoção pública ou se a família estiver em vulnerabilidade financeira.
Antes do decreto, o Itamaraty não podia arcar com nenhum custo relacionado ao sepultamento ou transporte de corpos para o Brasil, mesmo em casos de relevância nacional ou apelo popular.
Família ainda não divulgou detalhes sobre velório e sepultamento
Até o momento, não há informações oficiais sobre o local do velório ou data do enterro de Preta Gil. No entanto, a cantora já havia comentado em entrevistas que gostaria de ser sepultada em Salvador.
A capital baiana teve papel importante na formação pessoal e artística de Preta, que manteve laços profundos com a cidade ao longo da vida.
Serviço para famílias em casos semelhantes
Em situações de falecimento no exterior, o consulado brasileiro deve ser contatado imediatamente. Ele será o principal intermediário para garantir que a documentação seja emitida corretamente e o traslado ocorra conforme a legislação.
Além disso, famílias que se encontrem em condição de vulnerabilidade podem procurar o Ministério das Relações Exteriores e solicitar apoio, conforme previsto no novo decreto. A recomendação é buscar funerárias com experiência internacional, que ofereçam suporte completo no processo de repatriação.
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