Câncer avançado levou Preta Gil aos EUA
Artista tentou terapia experimental após volta da doença
Por: Ana Beatriz Fernandez Martinez
21/07/2025 • 13:48
Preta Gil, diagnosticada com adenocarcinoma no intestino em janeiro de 2023, enfrentou um longo ciclo de tratamentos convencionais no Brasil, incluindo cirurgia complexa para remoção do tumor e do útero em agosto daquele ano, uso de bolsa de ileostomia, várias sessões de quimioterapia e radioterapia, além de internações hospitalares intensas. Após ativos momentos de remissão, uma recidiva ocorreu em agosto de 2024, com metástases detectadas em linfonodos, peritônio e ureter, o que levou à realização de uma nova cirurgia de mais de 21 horas, também no Hospital Sírio-Libanês, para remover os tumores e reconstruir partes do trato digestivo e urinário.
Em maio de 2025, após esgotar as possibilidades terapêuticas no Brasil, Preta embarcou para os Estados Unidos em busca de tratamentos experimentais. A partir de 10 de junho, ela começou a participar de estudos clínicos em centros de excelência em Washington e Nova York, incluindo imunoterapias, terapias-alvo e possivelmente células CAR‑T, ainda sem detalhes divulgados oficialmente sobre os fármacos ou protocolos específicos. Ela anunciou que permaneceria nos EUA por pelo menos mais 60 dias, enquanto seguia com a medicação experimental e avaliações médicas periódicas.
O tratamento experimental foi considerado uma alternativa emergencial, aplicável em casos refratários em que os tratamentos convencionais não surtem os efeitos desejados. Esses estudos ainda são incipientes e envolvem riscos e incertezas, já que não existe protocolo definido ou comprovação plena da eficácia nessas condições.
Embora esperasse retornar ao Brasil curada, Preta sofreu uma piora inesperada e faleceu em 20 de julho de 2025, aos 50 anos, nos Estados Unidos, onde permanecia em tratamento e hospedada entre Nova York e Washington.
Relacionadas