Debate no Portal Esfera no Rádio destaca combate à violência contra a mulher
Convidadas abordam sinais de abuso, machismo estrutural e prevenção
Por: Lorena Bomfim
14/08/2025 • 12:36 • Atualizado
Nesta quinta-feira (14), o programa Portal Esfera na Rádio, apresentado por Luis Ganem e com a participação de Felipe Santana, na rádio Itapoan, abordou o tema da violência contra a mulher. As convidadas foram Isabela Conde, militante na defesa dos direitos das mulheres, e Renata Deiró, presidente da Comissão de Proteção dos Direitos da Mulher da OAB-BA.
Luis Ganem abriu a discussão ressaltando a importância de tratar o assunto de forma séria e contínua, reconhecendo avanços, mas também os desafios persistentes. Isabela Conde destacou que, apesar de leis como a Maria da Penha, os índices seguem alarmantes e a subnotificação ainda é um obstáculo. “O feminicídio, por exemplo, tem aumentado. Precisamos dar visibilidade a essas situações”, afirmou.
Questionada sobre sinais iniciais de agressão, Renata Deiró explicou que a violência está enraizada em fatores sociais como machismo e misoginia. Entre os sinais, citou tentativas de controle, xingamentos, humilhações e violência psicológica. “Muitas vezes, a sociedade normaliza esses comportamentos, chamando-os de ciúme ou amor. É fundamental que as mulheres reconheçam esses sinais e criem redes de apoio”, disse.
Isabela complementou ressaltando o impacto do machismo estrutural, inclusive entre mulheres que reproduzem comportamentos abusivos. Para ela, se algo causa sofrimento, já é violência, seja psicológica, física ou patrimonial, e o debate deve ocorrer o ano todo, não apenas em campanhas como o Agosto Lilás.
As convidadas também reforçaram a importância dos espaços de acolhimento, onde muitas vítimas passam a reconhecer diferentes formas de abuso e recebem apoio para romper dependências emocionais, financeiras ou sociais.
O programa concluiu destacando que informação, conscientização e diálogo são ferramentas essenciais para prevenir e combater a violência contra a mulher. O programa destacou, portanto, a necessidade de informação, conscientização e diálogo constante para combater a violência contra a mulher.
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