Treze anos depois, mulher que recebeu coração de Eloá perde a vida para Covid
Maria Augusta, que recebeu o coração da jovem vítima de sequestro em 2008, morreu aos 51 anos, em 2021, em decorrência da Covid-19
Por: Redação
13/11/2025 • 11:48
O caso que chocou o país em 2008 voltou a ser lembrado após o lançamento do documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo, da Netflix. Eloá Pimentel, morta aos 15 anos após ser feita refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, teve seus órgãos doados e salvou a vida de cinco pessoas. Uma delas foi Maria Augusta da Silva dos Anjos, que recebeu o coração da adolescente.
O transplante aconteceu em 20 de outubro de 2008, data em que Maria Augusta completava aniversário. Dez anos depois, em 2018, ela relembrou o momento em que recebeu a notícia de que seria a receptora do órgão.
“Meu médico ligou e disse: ‘Vem para o hospital, acho que você vai ganhar o coração daquela moça, a Eloá’. Eu soube do caso pela TV. Fiquei internada do dia 8 ao dia 18 de outubro”, contou na época.
Três anos depois, em maio de 2021, Maria Augusta morreu aos 51 anos, vítima da Covid-19. Ela estava internada em um hospital particular de Parauapebas, no Pará, e não resistiu às complicações da doença.
A mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, lamentou a morte de Augusta. “Eu estava torcendo pela recuperação dela. Até porque, no dia seguinte, minha filha Eloá faria 28 anos. Augusta era como uma filha para mim também, pois carregava o coração de Eloá”, declarou emocionada.
Além do coração, a família de Eloá autorizou a doação de outros órgãos da jovem, pulmões, córneas, fígado, rins e pâncreas, ajudando a dar continuidade à vida de outras pessoas após a tragédia.
