PF mira grupo que vendia ataques cibernéticos e cumpre prisões no país
Operação Power OFF investiga oferta de serviços ilegais de DDoS usados contra órgãos estratégicos
Por: Redação
03/12/2025 • 09:15
A Polícia Federal lançou, nesta quarta-feira (3), a Operação Power OFF para desarticular um grupo suspeito de oferecer ataques cibernéticos de negação de serviço distribuídos (DDoS) mediante pagamento. Os serviços ilegais, conhecidos como booters e stressers, permitiam que qualquer pessoa contratasse ofensivas digitais sem possuir conhecimento técnico prévio.
A ação cumpre quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, Rio de Janeiro e Tubarão (SC). Entre os alvos estão administradores das plataformas clandestinas e usuários que pagaram para realizar ataques contra sistemas considerados sensíveis.
As investigações, realizadas com apoio do FBI (Federal Bureau of Investigation), apontam que os serviços eram hospedados em servidores de nuvem distribuídos em vários países, possibilitando operações de alcance global. Segundo a PF, ataques direcionados a instituições estratégicas brasileiras, como a própria Polícia Federal, em 2020, além de SERPRO, DATAPREV e o Centro Integrado de Telemática do Exército (em 2018), já foram atribuídos a usuários dessas plataformas.
Os investigados poderão responder por associação criminosa e por interrupção ou perturbação de serviços telemáticos de utilidade pública, crimes previstos no Código Penal.
A Operação Power OFF reúne esforços de instituições policiais, órgãos de aplicação da lei e entidades acadêmicas, reforçando o compromisso da PF no enfrentamento às ameaças cibernéticas que comprometem a segurança digital e a continuidade de serviços essenciais no país.
