A expectativa de vida no Brasil voltou a crescer e alcançou 76,6 anos em 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O índice supera o registrado no ano passado, de 76,4 anos, e mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes por Covid. Pelo recorte de gênero, homens vivem em média 73,3 anos e mulheres chegam a 79,9 anos.

Mortalidade infantil mantém queda

O IBGE apontou que a mortalidade infantil também segue em queda, com 12,3 mortes para cada mil nascidos vivos. O resultado representa leve recuo em relação aos dados anteriores e marca enorme distância das 146,6 mortes registradas em 1940.

A redução é atribuída a campanhas de vacinação, ações de agentes comunitários, programas de nutrição infantil, pré-natal, aleitamento materno e avanços em renda, escolaridade e saneamento.

Expectativa de vida dos idosos cresce

Também nas faixas mais altas, o movimento é de crescimento. Uma pessoa com 60 anos em 2023 pode esperar viver, em média, mais 22,6 anos. Para homens, a projeção é de 20,8 anos e, para mulheres, 24,2 anos. As estimativas compõem as Tábuas de Mortalidade de 2024, baseadas em dados do Censo Demográfico e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

A tendência acompanha um fenômeno conhecido no país, a sobremortalidade masculina. O instituto revelou que, aos 20 anos, homens têm 4,1 vezes mais chance do que mulheres de não completar 25 anos, cenário associado à maior exposição a mortes violentas e hábitos de vida de risco. Em 1940, essa diferença não era registrada.

Além disso, as projeções do IBGE indicam que a população brasileira deve crescer até 2041, quando deve atingir 220,4 milhões de habitantes. A partir de 2042, o país começará a encolher, podendo chegar a menos de 200 milhões em 2070.

No cenário global, a expectativa de vida média é de 73 anos, com tendência de alcançar 77 até 2050. A ONU já contabiliza cerca de 588 mil pessoas que chegaram aos 100 anos no ano passado.