Após a imposição de sobretaxas de 50% nas exportações brasileiras de carne bovina pelos Estados Unidos, o Brasil conquistou um novo mercado: as Filipinas. O acordo, assinado na última quarta-feira (13), foi oficializado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e permitirá a exportação de carne bovina com osso e miúdos, buscando compensar a perda do segundo maior comprador do produto.

O processo contou com o apoio da embaixada brasileira nas Filipinas, chefiada pelo embaixador Gilberto Moura, e da Adidância Agrícola.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a medida provisória que institui o plano Brasil Soberano, voltado a empresas impactadas pelas tarifas aplicadas pelo governo Trump. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a medida complementa o incentivo de R$ 30 bilhões, por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), anunciado anteriormente pelo Planalto.

O plano se estrutura em três eixos principais: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial com foco no multilateralismo.

Entre as principais ações previstas estão:

• Reintegra: devolução parcial de tributos pagos pelos exportadores, na forma de crédito tributário, reduzindo custos e aumentando a competitividade.
• Drawback: prorrogação dos prazos do regime que suspende tributos sobre insumos importados para produtos destinados à exportação, válido para empresas que vendam aos EUA até dezembro.
• Compras públicas: facilitação de aquisição de alimentos por órgãos públicos para escolas e hospitais, beneficiando produtores rurais e agroindústrias.
• Sistema de importação: ampliação das regras de garantia à exportação, fortalecendo a presença do Brasil no comércio internacional.

Com essas medidas, o governo busca minimizar os impactos das tarifas americanas e abrir novos caminhos para o setor exportador brasileiro.