Levantamento revela que 71,3% das cidades baianas têm cenário fiscal crítico
Média baiana ficou 23,2% abaixo da nacional
Por: Redação
18/09/2025 • 17:10
Nesta quinta-feira (18), a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou os resultados do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que avalia o cenário fiscal de 5.129 municípios. Segundo os resultados, cerca de 71,3% das cidades baianas estão em situação fiscal difícil ou crítica, enquanto 24,9% das prefeituras baianas apresentaram boa gestão fiscal. Por fim, apenas 3,8% dos municípios alcançaram nível de excelência em 2024.
De acordo com a IFGF, a autonomia financeira foi o aspecto mais preocupante, registrando uma média de 0,1818 ponto, o que representa 58,7% abaixo da média nacional. Em 156 municípios, como Cícero Dantas e Cipó, no nordeste baiano, e Central, na região de Irecê, o indicador atingiu zero, evidenciando a dependência de repasses federais.
Em contrapartida, a área de gastos com pessoal apresentou o melhor desempenho, alcançando 0,6662 ponto. Das 369 prefeituras analisadas, 234 receberam conceito bom ou excelente. No entanto, 86 municípios ultrapassaram o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal, ao destinarem mais de 54% de sua receita para despesas de pessoal, e 20 excederam o teto máximo de 60%.
Já o indicador de liquidez ficou em 0,5327 ponto, ficando 20,4% abaixo da média do país. Quase três quartos dos municípios (73,4%) encerraram o ano em situação classificada como de dificuldade ou crítica.
Por fim, os investimentos emergiram como o destaque positivo, com uma média de 0,6268 ponto. Mais da metade das cidades (50,9%) apresentou um elevado nível de aplicação de recursos em investimentos, sendo que 90 prefeituras alcançaram a nota máxima nesse quesito.
No geral, a Bahia apresentou uma nota média de 0,5019 ponto, cerca de 23,2% abaixo da média nacional, que fechou com pontuação de 0,6531. De acordo com a Firjan, os índices da média nacional revelam uma conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos, o cenário fiscal das cidades melhorou. Ainda, Vitória, no Espírito Santo, foi a única capital a alcançar nota máxima no estudo. Já Cuiabá alcançou nota zero em liquidez e nível crítico de investimentos.
Relacionadas