De acordo com dados do Tesouro Nacional divulgados nesta semana, a Dívida Pública Federal (DPF) atingiu um novo patamar histórico em julho, superando pela primeira vez a marca de R$ 7,9 trilhões. O montante passou de R$ 7,883 trilhões em junho para R$ 7,939 trilhões no mês passado, representando uma alta de 0,71%. 

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que compreende os títulos públicos, registrou aumento de 0,66%, alcançando R$ 7,631 trilhões. Segundo o Tesouro, esse crescimento aconteceu pela apropriação de juros no valor de R$ 80,94 bilhões, um reflexo direto da manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. 

Embora o Tesouro tenha emitido R$ 118,26 bilhões em novos títulos, os resgates superaram as emissões em R$ 31,04 bilhões, concentrando-se especialmente em papéis prefixados. Já a dívida pública externa também apresentou alta, de 1,96%, influenciada pela valorização do dólar em 2,66% no período, chegando a R$ 308,05 bilhões.

Além disso, o chamado "colchão" de liquidez, reserva utilizada para gerenciamento de fluxo da dívida, recuou de R$ 1,03 trilhão para R$ 988 bilhões, cobrindo atualmente 7,75 meses de vencimentos. Está previsto o pagamento de R$ 1,296 trilhão em títulos nos próximos doze meses.

Por fim, a composição da dívida, observou-se aumento na participação de títulos atrelados à Selic (de 48,16% para 49,25%) e aos índices de inflação (de 26,45% para 26,72%), enquanto os títulos prefixados recuaram de 21,57% para 20,16%. Títulos vinculados ao câmbio tiveram leve alta, de 3,82% para 3,87%.