No início de maio deste ano, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo de alta qualidade e livre de contaminantes na camada do pré-sal da Bacia de Santos. A nova reserva foi encontrada em um poço exploratório no bloco Aram, a cerca de 248 km da costa de Santos, a uma profundidade de 1.952 metros.

A perfuração do poço 3-BRSA-1396D-SPS já foi concluída, e a presença de petróleo foi confirmada por meio de análises elétricas, indícios de gás e amostras do fluido. A descoberta é vista como um passo importante para o Brasil, que busca aumentar sua capacidade de produção e se consolidar como líder energético no cenário global, o que poderia gerar um significativo aumento no faturamento do país.

O Futuro 

O aumento da produção de petróleo no Brasil pode criar novos empregos, aumentar a arrecadação de impostos e contribuir para a segurança energética, reduzindo a dependência de importações.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o sucesso da exploração: "É a segunda descoberta no mesmo bloco, seguindo o ótimo resultado já alcançado em outro poço exploratório no início do ano, onde encontramos petróleo de excelente qualidade. Estamos investindo fortemente na busca de novas reservas e os resultados estão vindo. Este ano, já anunciamos descobertas também em Brava e em Búzios".

Avaliação do Potencial

A operação é conduzida por um consórcio liderado pela Petrobras, com 80% de participação, em parceria com a China National Petroleum Corporation (CNPC), que detém os 20% restantes. As empresas iniciarão análises laboratoriais para caracterizar os reservatórios e os fluidos encontrados, a fim de avaliar o verdadeiro potencial da área.

Como parte do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD), serão perfurados mais dois poços e realizado um teste de formação. O prazo final para o PAD é 2027, e atividades adicionais de coleta de dados poderão ser realizadas de acordo com as obrigações contratuais junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O bloco Aram foi adquirido em março de 2020 na 6ª rodada de licitação da ANP, sob o regime de Partilha de Produção, com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora. As empresas do consórcio consideram o bloco Aram um ativo estratégico para a exploração na camada do pré-sal.