A Braskem anunciou que pretende avaliar a instalação de unidade verde em suas duas centrais petroquímicas no Polo Industrial de Camaçari, para a produção de eteno a partir do etanol de cana-de-açúcar. 

Além disso, a empresa confirmou uma série de iniciativas de ampliação e modernização das centrais. Segundo o presidente da Braskem, Roberto Ramos, o complexo baiano segue como prioridade para a companhia.

“O plano ainda está em execução e espero conseguir as autorizações para fazer as transformações que pensamos em fazer lá (na Bahia), que possivelmente vão levar à produção de resinas verdes, a exemplo daquilo que a gente já faz no Rio Grande do Sul”, afirmou Ramos.

A empresa ainda considera utilizar produtos de origem verde, como a própria cana, mas também o milho e a agave, que está sendo pesquisada no interior da Bahia através do projeto Brave, desenvolvido pela Shell, Unicamp e o Senai Cimatec.

No entanto, o anúncio acontece num dia decisivo para a empresa. Nesta sexta-feira (9), foi realizado um novo estudo técnico-científico sobre o afundamento de Maceió, resultado da mineração do sal-gema pela Braskem. Segundo especialistas, novos resultados podem mudar os rumos do que se sabe sobre o crime socioambiental provocado pela ação da empresa. 

Ainda, com o estudo, cria-se a possibilidade de que as vítimas possam conseguir novas ações, agora mais proporcionais ao sofrimento causado, para mitigação dos danos.