Após um temporal que destruiu uma das fábricas de motores da Toyota no Brasil, na última segunda-feira (22). Devido aos danos da unidade de Porto Feliz, as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, abastecidas pela planta de Porto Feliz e também localizadas no estado, interromperam as atividades.

Com os recentes acontecimentos, a empresa japonesa deve passar um mês sem produzir o Corolla Cross, por exemplo, que significam cinco mil veículos perdidos. Entre janeiro e agosto deste ano, a Toyota vendeu mais de 77 mil carros fabricados no país. Além disso, a ela não se pronuncia sobre as datas de volta aos trabalhos.

De acordo com a empresa alguns veículos feitos no Brasil, podem ter uma sua paralisação confirmada além do Corolla Cross, tem o Yaris Cross que teve sua estreia adiada, assim como o Tecnologia Híbrida Flex que com sua interrupção afeta gravemente a produção dos modelos híbridos flex, cuja tecnologia pioneira é fabricada exclusivamente no Brasil, representando uma fatia importante das vendas.

Agora, um dos pontos que estão sendo estudados e trabalhados pelas redes de veículos é evitar o cancelamento de pedidos já existentes de modelos como Corolla e Corolla Cross. Novas encomendas estão limitadas ao estoque disponível, que tem previsão de se esgotar por volta de 10 de outubro. Para compensar a falta de carros nacionais, as revendas irão focar a venda nos importados da Argentina: Hilux, SW4 e Hiace, adiando a chegada do novo RAV4 para 2026. 

Já em relação aos funcionários das fábricas que estão com escassez de produtos, pode levar à concessão de férias para a equipe de vendas, embora a empresa esteja empenhada em garantir a manutenção dos empregos. 

“O Sindicato garante que não haverá demissões. A relação de confiança construída ao longo dos anos sempre permitiu encontrar soluções em situações difíceis, como na pandemia. Agora, diante da crise climática que interrompeu a produção em Sorocaba, Porto Feliz e Indaiatuba, estamos mais uma vez mobilizados para assegurar tranquilidade aos trabalhadores e alternativas que mantenham a indústria ativa", afirmou Leandro Soares, presidente dos Metalúrgicos de Sorocaba.

Vale ressaltar que as próximas semanas serão cruciais para a Toyota, que precisa reativar a fábrica de motores e evitar danos maiores nas linhas de montagem.