Pesquisadores do Laboratório de Multiusuário de Ressonância Magnética Nuclear (LabRMN-UFPR), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), bem como do Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram testes químicos para a detectar a presença de metanol em bebidas alcoólicas, após a crise sanitária envolvendo o aumento de casos relacionados a intoxicação pelo consumido da substância por meio de produtos adulterados.

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No método desenvolvido pela UFPR, o teste utiliza um equipamento de ressonância magnética nuclear capaz de diferenciar a composição da bebida, uma vez que essa detecção é impossível de ser feita levando em conta sinais como cor, cheiro ou sabor. Ainda, a instituição afirmou que a testagem está sendo feita para toda a comunidade. Nesse sentido, caso desconfie de contaminação de um produto, a orientação da UFPR é que a pessoa encaminhe uma pequena quantidade da substância ao LabRMN-UFPR para que a análise seja realizada.

Já no caso da Unesp, o teste foi desenvolvido em 2022 para detectar a presença do metanol em combustíveis, etanol e bebidas alcoólicas. A técnica usa um tipo de sal que, em contato com o metanol, reage, formando formol. Em seguida, os pesquisadores adicionam um ácido reagente que muda de cor na presença do formol, indicando a presença de metanol. O processo leva menos de 30 minutos.

A ação acontece em resposta ao aumento do número de casos de intoxicação referentes ao consumo de metanol em bebidas adulteradas. Até a tarde desta quinta-feira, cerca de 59 casos foram notificados como suspeita de contaminação, segundo os dados do Ministério da Saúde.  Além disso, os projetos revelam a importância das iniciativas científicas das universidades publicas brasileiras em favor da população.