Um levantamento divulgado pela Organização Não Governamental (ONG) Aldeias Infantis SOS revelou que, no ano passado, 121.933 crianças e adolescentes de até 14 anos foram internados no Brasil, vítimas de acidentes. Ao todo, o número médio de internações por dia chegou a 334, equivalente a 14 atendimentos por hora.

Já os casos de acidentes envolvendo bebês, crianças e adolescentes aumentou 2% no último ano, sendo os meninos e as meninas de 10 a 14 anos de idade a maior parte dos casos (36%), seguido por quem está na faixa etária entre 5 e 9 anos, que computa 35%, e as de idade 1 a 4 anos, que representa 23%.

Causas dos acidentes 

O estudo indica ainda que as principais causas dos acidentes são as quedas, que representam cerca de 44% dos casos, seguidas pelas queimaduras (19%), acidentes de trânsito (10%), intoxicações (3%), afogamentos (0,21%), sufocações (0,48%) e acidentes com armas de fogo (0,07%). 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os acidentes são os principais responsáveis por mortes nessa faixa etária. Nesse sentido, a ONG fez uma série de recomendações para a prevenção dos casos. Confira:

• Para evitar sufocamento, mantenha o lençol sempre ajustado ao colchão e fique atento para que o rosto do bebê não fique encoberto;

• Evite o contato da criança com peças pequenas, como clipes, botões, moedas e anéis. Ofereça brinquedos grandes e adequados para a faixa etária;

• Uma das principais causas de sufocamento é por alimentos. Evite oferecer a comida quando a criança estiver agitada, brincando ou dentro do carro em movimento;

• Evite que a criança tenha contato com sacos plásticos, cordões e fios;

• Não deixe a criança sozinha em cima de móveis e use barreiras, grades e redes de proteção em escadas e janelas;

• Não deixe a criança sob os cuidados de outra criança;

• Não deixe a criança sozinha na banheira e mantenha-a afastada de baldes, tanques, vasos, poços e piscinas. Mesmo um nível baixo de água pode causar afogamento;

• Bebês devem ser transportados sempre no bebê conforto ou na cadeirinha. Após os 7 anos e meio, as crianças deixam de usar a cadeira de transporte infantil, mas devem continuar sentando no banco de trás do carro, presas por um cinto de segurança de três pontas;

• Mantenha produtos de limpeza, medicamentos e produtos de higiene pessoal fora do alcance da criança, de preferências em armários altos e/ou trancados;

• Limite o acesso da criança à cozinha;

• Dê preferência por usar as bocas de trás do fogão e deixe os cabos das panelas virados para a parte central;

• Fique atento ao forno ligado, ferro de passar roupas, chapinha de cabelos, aquecedor e outros equipamentos quentes;

• Coloque protetores nas tomadas.