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Jovem é sequestrado e morto após sair para culto religioso em Simões Filho

Familiares dizem que Williams, de 28 anos, não tinha envolvimento com o crime; polícia investiga execução atribuída a facção

Por: Redação

18/11/202511:50

Um jovem de 28 anos, identificado como Williams Nogueira dos Santos Silva, foi encontrado morto na tarde de segunda-feira (17) no bairro de Aratu, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Ele havia saído de casa, no Nordeste de Amaralina, para participar de uma celebração religiosa, mas não retornou.

Foto Jovem é sequestrado e morto após sair para culto religioso em Simões Filho
Foto: Reprodução

Segundo informações de policiais que acompanham o caso, Williams não tinha qualquer ligação com atividades criminosas. Ainda assim, acabou capturado por integrantes de uma facção que domina a área onde o homicídio ocorreu. A suspeita é de que, ao descobrirem que ele era morador do Nordeste de Amaralina, território rival, os criminosos tenham decidido executá-lo.

“Tudo indica que ele foi abordado por homens do BDM. Quando perceberam que era do Nordeste, reduto do CV, mataram o rapaz. Antes disso, teriam obrigado a fazer o sinal do ‘Tudo 3’”, disse uma fonte sob condição de anonimato.

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte e denunciaram a brutalidade do crime. Uma mulher que se identificou como prima da vítima escreveu que Williams era “um menino do bem, gentil, carinhoso e trabalhador”, reforçando que ele não tinha qualquer envolvimento com facções. “Ele só estava prestando um serviço para a religião dele. Foi morto injustamente”, desabafou.

A Polícia Militar informou que equipes da 22ª CIPM foram até o local após denúncia de corpo encontrado. Os agentes confirmaram a ocorrência e solicitaram a presença do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para levantamento e remoção.

A Polícia Civil comunicou que a 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) já trabalha com indícios sobre os autores do assassinato. Por enquanto, porém, detalhes da investigação seguem sob sigilo.

O caso de Williams se soma a outros episódios recentes de violência extrema ligados à disputa entre facções na RMS, que têm vitimado pessoas sem relação direta com o crime organizado.