Moradores do bairro da Graça voltaram a denunciar nesta sexta feira a derrubada constante de árvores centenárias em uma área considerada um importante pulmão verde da região. A queixa partiu de residentes da Rua Santa Rita de Cássia, da Rua 8 de Dezembro e da Avenida Princesa Leopoldina, que relatam ver a vegetação desaparecer atrás dos prédios.

Segundo os relatos compartilhados nas redes sociais, o problema ganhou força após o início das obras do empreendimento Vila da Graça, que removeu toda a vegetação dentro do seu terreno. Na sequência, outros condomínios passaram a repetir a prática, ampliando o desmatamento e deixando os moradores ainda mais preocupados com os impactos ambientais.

“O fundo da área forma um vale com inúmeras árvores centenárias, patrimônio natural da nossa região, e de repente começaram a cortar tudo”, descreveu um morador indignado.

Enquanto buscam explicações, alguns residentes dizem ter procurado a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo para confirmar a legalidade da supressão. Até o momento, segundo eles, não houve retorno efetivo sobre a situação. 

O que diz a Sedur

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano esclareceu que, durante vistoria realizada no local, constatou que o imóvel possui um alvará de Autorização de Supressão Vegetal, documento emitido conforme as legislações ambientais vigentes.

Ainda de acordo com o órgão, a Autorização de Supressão de Vegetação é o instrumento que permite a retirada de vegetação nativa em empreendimentos de interesse público ou social, sendo concedida após análise técnica da Diretoria de Licenciamento Ambiental Federal do Ibama.

Área preservada perde espaço na Graça

A perda das árvores preocupa moradores que tratam o local como uma área vital para a circulação de ar e manutenção da fauna urbana. A região, marcada por prédios antigos e ruas movimentadas, sempre contou com o vale arborizado como ponto de equilíbrio ambiental e qualidade de vida.