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Cuidadora morre após explosão em barraca na Estação Pirajá, em Salvador

Filha da vítima acusa CCR Metrô de omissão e cobra justiça pela morte da mãe em Salvador

Por: Redação

04/11/202509:46

A cuidadora de idosos Sueli Barbosa dos Santos, de 53 anos, não resistiu aos ferimentos provocados por uma explosão na Estação Pirajá, em Salvador, e morreu na tarde do último domingo (2). Ela estava internada há cerca de 15 dias no Hospital Teresa de Lisieux após ter 47% do corpo queimado no acidente ocorrido no dia 18 de outubro.

Foto Cuidadora morre após explosão em barraca na Estação Pirajá, em Salvador
Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal

O caso aconteceu quando a atendente de uma barraca tentou acender um fogareiro com álcool, provocando a explosão que atingiu Sueli. A vítima sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau na face, tórax e abdômen, permanecendo em estado grave desde o ocorrido.

Família cobra respostas da CCR Metrô Bahia

O clima no Terminal Pirajá foi de revolta nesta segunda (3), quando amigos e familiares de Sueli realizaram um protesto pacífico pedindo justiça. A filha da cuidadora, Beatriz Reis, de 28 anos, acusou a CCR Metrô Bahia de negligência e falta de apoio à família.

“A gente resolveu se manifestar, cobrando justiça. Eles não prestaram apoio, enviaram uma assistente social, mas ela só falou com a gente por dois dias. Quando comunicamos a morte da minha mãe, nem responderam. Já registrei ocorrência porque quero respostas”, afirmou Beatriz.

De acordo com ela, a dona da barraca envolvida no acidente continuou utilizando álcool no fogareiro mesmo após o episódio, alterando o método apenas recentemente. Beatriz também relatou que, segundo outros ambulantes, pequenos incêndios são comuns no terminal.

“Minha família está destruída. Foi a vida de minha mãe, mas poderia ter sido a de qualquer pessoa. Eles foram omissos e agiram como se nada tivesse acontecido”, desabafou.

Concessionária se posiciona sobre o caso

Em nota, a CCR Metrô Bahia lamentou o falecimento de Sueli e se solidarizou com familiares e amigos. A empresa afirmou que, no dia da explosão, agentes de atendimento e segurança prestaram os primeiros socorros às vítimas até a chegada do Samu.

A concessionária também ressaltou que o uso de materiais inflamáveis e a venda de produtos nas áreas do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas são proibidos, exceto quando autorizados pelas autoridades competentes.

A CCR declarou ainda que mantém uma estratégia permanente de fiscalização para coibir a atuação de ambulantes nos terminais. “Os agentes realizam rondas regulares e ações coordenadas, reforçando o compromisso com a segurança dos clientes. A empresa conta com a colaboração de todos para que não consumam esses produtos e informem qualquer ocorrência”, informou em comunicado.