Apagão nacional afeta Bahia e deixa 600 mil sem energia durante a madrugada
Falha em subestação no Paraná provocou efeito dominó no sistema elétrico brasileiro; 16% dos consumidores baianos foram atingidos
Por: Redação
14/10/2025 • 09:12
Um apagão de grandes proporções atingiu o Brasil na madrugada desta quarta-feira (14), deixando cerca de 600 mil pessoas sem energia apenas na Bahia. O blecaute, que durou pouco mais de duas horas, afetou todas as regiões do país e foi provocado por uma falha no Sistema Interligado Nacional (SIN), segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com o órgão, um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, no Paraná, provocou o desligamento de uma linha de 500 kV responsável por interligar o Sul ao Sudeste e Centro-Oeste. O incidente interrompeu o envio de energia cerca de 5 mil megawatts, e desencadeou uma sequência de desligamentos automáticos em todo o território nacional.
O efeito dominó atingiu o Nordeste, que teve perda de 1.900 megawatts, e também o Norte, com queda de 1.600 megawatts. Na Bahia, a Neoenergia Coelba confirmou que 16% dos consumidores ficaram temporariamente sem energia elétrica.
A distribuidora informou que a recomposição do sistema foi feita de forma gradativa, sob coordenação do ONS. “Em cerca de 40 minutos, 99% dos clientes já estavam com o fornecimento normalizado. Às 2h11, todo o serviço foi restabelecido”, declarou a concessionária em nota.
Segundo o ONS, o problema foi controlado por volta das 3h da madrugada, e uma reunião emergencial com os principais agentes do setor elétrico deve ocorrer ainda nesta quarta-feira. O órgão prometeu divulgar um relatório técnico detalhado sobre as causas do apagão até sexta-feira (17).
Enquanto o país aguarda explicações, consumidores em várias cidades nordestinas relataram instabilidade e queda repentina na rede elétrica, principalmente em áreas urbanas de Salvador e Região Metropolitana.
O episódio reacende o debate sobre a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro, especialmente em regiões como o Nordeste, que dependem do equilíbrio entre as redes interligadas para manter o fornecimento contínuo de energia.
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