Para que adota ou ver os primeiros meses de vida, filhotes de cachorro e gato acabam notando que eles são naturalmente mais vulneráveis. O sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, tornando-os mais propensos a infecções, vírus, bactérias e parasitas. Como ainda não completaram o calendário de vacinação e estão se adaptando ao novo ambiente, o risco de adoecer é maior, especialmente em contato com outros animais ou locais contaminados.

Dessa forma é fundamental conhecer as doenças mais comuns que afetam os filhotes, ficar atento a sinais de alerta e buscar ajuda veterinária. Alterações no apetite, comportamento, respiração ou fezes podem indicar problemas. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir o bem-estar e um desenvolvimento saudável.

 1. Cinomose

A cinomose é uma doença viral grave e altamente contagiosa que afeta principalmente filhotes de cachorro não vacinados. O vírus atinge diversos sistemas do organismo, como o respiratório, digestivo e neurológico. Os sintomas incluem febre, secreção ocular e nasal, tosse e apatia. Com a progressão da doença, o animal pode apresentar vômito, diarreia, dificuldade para andar, espasmos musculares e convulsões. O tratamento é de suporte, visando restabelecer a hidratação e controlar as alterações neurológicas, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.

2. Parvovirose

A parvovirose canina é uma doença temida por tutores de filhotes, causada por um vírus resistente no ambiente que afeta o sistema gastrointestinal. Os sinais clínicos incluem vômitos intensos, diarreia com sangue, desidratação, apatia e febre alta. Sem tratamento, o filhote pode perder peso rapidamente e correr risco de morte em poucos dias. O tratamento envolve internação, fluidoterapia e antibióticos. A prevenção é feita por meio da vacinação e higienização adequada.

3. Panleucopenia felina

A panleucopenia, ou enterite infecciosa felina, é causada por um parvovírus que ataca filhotes de gato, comprometendo o sistema digestivo e a imunidade. Os sintomas incluem febre alta, vômitos, diarreia severa, perda de apetite e desidratação. A transmissão ocorre por contato com fezes ou objetos contaminados. É uma doença de alta mortalidade, especialmente entre filhotes. A vacinação é a principal medida preventiva, e o tratamento envolve suporte intensivo.

 4. Verminoses

Filhotes são frequentemente afetados por vermes intestinais, que podem ser transmitidos pela mãe ou pelo ambiente. Os principais parasitas incluem Toxocara canis e Ancylostoma, causando diarreia, vômitos, barriga inchada, perda de peso e anemia. A presença de vermes nas fezes é um sinal de alerta. A vermifugação regular deve ser seguida conforme o protocolo veterinário, variando de acordo com a idade e risco de exposição.

5. Giardíase

A giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia, que provoca diarreia persistente, cólicas e perda de apetite. A transmissão ocorre pelo contato com água, fezes ou superfícies contaminadas. Mesmo após o tratamento, o protozoário pode permanecer no ambiente, por isso a higiene é fundamental. Em alguns casos, a vacinação contra Giardia pode ser recomendada.

6. Sarna (escabiose e demodicose)

A sarna é uma doença de pele causada por ácaros, com dois tipos principais que afetam filhotes: a sarna sarcóptica (escabiose) e a sarna demodécica (demodicose). A escabiose causa coceira intensa e é altamente contagiosa, enquanto a demodicose ocorre em animais com baixa imunidade. O diagnóstico é feito por raspagem de pele, e o tratamento deve ser acompanhado por um veterinário, utilizando medicações acaricidas.

7. Conjuntivite

A conjuntivite é a inflamação da membrana que reveste os olhos, podendo ser causada por vírus, bactérias ou irritações. Os sinais incluem olhos vermelhos, lacrimejamento e secreção ocular. O tratamento depende da causa e pode incluir colírios antibióticos ou antivirais, sempre sob orientação veterinária.

 8. Infecções respiratórias

Filhotes são vulneráveis a infecções respiratórias, como gripe canina e rinotraqueíte felina, causadas por vírus e bactérias. Os sintomas incluem espirros, secreção nasal, tosse e febre. O tratamento varia conforme o agente causador e pode incluir antibióticos e anti-inflamatórios. Manter ambientes limpos e ventilados, além da vacinação, ajuda na prevenção.