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Doenças comuns em filhotes: saiba como proteger seu pet desde cedo

Sistema imunológico imaturo torna cães e gatos mais vulneráveis a infecções.

Por: Lorena Bomfim

13/07/202506:30

Nos primeiros meses de vida, filhotes de cães e gatos estão mais suscetíveis a doenças. O sistema imunológico ainda está em formação, o que os torna vulneráveis a vírus, bactérias, parasitas e infecções. Como ainda não completaram o calendário de vacinação e estão em fase de adaptação ao novo ambiente, o risco de adoecer aumenta, principalmente quando há contato com outros animais ou locais contaminados.

Imagem de Cachorro e Gato
Foto: Reprodução/Freepik

Por isso, é essencial que os tutores estejam atentos aos sinais de alerta e busquem atendimento veterinário diante de qualquer alteração no comportamento, apetite, respiração ou nas fezes. A identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável e a qualidade de vida do pet.

Confira a seguir as doenças mais comuns em filhotes e como preveni-las:


Cinomose
Altamente contagiosa e grave, a cinomose afeta principalmente filhotes de cães não vacinados. O vírus compromete os sistemas respiratório, digestivo e neurológico. Os primeiros sintomas incluem febre, secreção nasal e ocular, tosse e apatia. Em casos avançados, pode haver vômito, diarreia, dificuldades motoras e convulsões.
“O tratamento é de suporte, com foco em hidratação e controle dos sintomas. A recuperação depende do sistema imunológico do animal”, explica a veterinária Bruna Stafoche. A vacinação é a principal forma de prevenção.


Parvovirose
Temida por tutores, a parvovirose é causada por um vírus resistente no ambiente e afeta o sistema gastrointestinal. Os sinais incluem vômitos intensos, diarreia com sangue, febre e apatia. A doença evolui rapidamente e pode ser fatal.
O tratamento exige internação, hidratação, antibióticos e suporte clínico. A prevenção inclui vacinação e higienização rigorosa do ambiente.


Panleucopenia Felina
Conhecida como enterite infecciosa felina, a panleucopenia atinge gatos, especialmente os filhotes. O vírus afeta o sistema digestivo, a medula óssea e as células de defesa, provocando febre alta, vômitos, diarreia severa e desidratação.
A transmissão ocorre por contato com fezes ou objetos contaminados. A taxa de mortalidade é alta, e a vacinação é a principal forma de proteção.


Verminoses
Filhotes podem contrair vermes ainda no útero, pelo leite ou pelo ambiente. Os mais comuns são Toxocara canis e Ancylostoma, que causam diarreia, vômito, barriga inchada, anemia e perda de peso.
A vermifugação deve seguir orientação veterinária. A primeira dose costuma ser aplicada aos 30 dias de vida, com reforços quinzenais até os 3 meses. Depois, o tratamento pode ser mensal até os 6 meses, e a cada 3 a 6 meses na fase adulta.


Giardíase
Causada pelo protozoário Giardia lamblia, a giardíase provoca diarreia pastosa, muco nas fezes, gases e perda de apetite. A transmissão ocorre pelo contato com água, fezes ou superfícies contaminadas.
Mesmo após o tratamento, o protozoário pode permanecer no ambiente. A limpeza do local é fundamental para evitar reinfecção. Em alguns casos, há indicação de vacina contra Giardia.


Sarna (escabiose e demodicose)
A sarna é causada por ácaros e aparece em duas formas: sarcóptica (escabiose), que causa coceira intensa e é contagiosa, inclusive para humanos; e demodécica (demodicose), mais comum em filhotes com baixa imunidade, causando lesões na pele.
O diagnóstico é feito por raspagem de pele, e o tratamento envolve medicações acaricidas, que podem ser aplicadas topicamente, por via oral ou injetável.


Conjuntivite
A inflamação ocular pode ser provocada por vírus, bactérias, fungos ou agentes irritantes. Nos gatos, costuma estar associada a doenças respiratórias, como a rinotraqueíte felina. Os sintomas são olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção, sensibilidade à luz e coceira.
O tratamento depende da causa e deve ser orientado por um veterinário.


Infecções Respiratórias
Filhotes também são vulneráveis a gripes e outras infecções respiratórias, como a tosse dos canis em cães e a rinotraqueíte felina. Os sintomas incluem espirros, secreção nasal, tosse, febre, dificuldade respiratória e apatia.
O tratamento pode incluir antibióticos, anti-inflamatórios e nebulizações. Ambientes limpos, arejados e com baixa circulação de animais reduzem o risco. Manter a vacinação em dia é essencial.


Prevenção é a chave
Manter o calendário de vacinação, seguir corretamente os protocolos de vermifugação, oferecer alimentação adequada e garantir um ambiente limpo e seguro são medidas essenciais para proteger os filhotes e garantir uma vida saudável desde o início.