Ministério desmente informações falsas sobre apoio a famílias da operação no Rio
MDHC afirma que informação sobre pagamento de auxílio é falsa e destaca foco em ações humanitárias nas comunidades afetadas
Por: Redação
06/11/2025 • 10:35 • Atualizado
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) desmentiu nesta quarta-feira (5) a suposta proposta de assistência financeira a familiares das vítimas da megaoperação policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A ação das forças de segurança deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.
Em nota oficial, o MDHC informou que “não foi consultado sobre o assunto, não fez nenhum anúncio de ajuda financeira às famílias” e classificou as informações que circulam nas redes sociais e em sites de notícias como “inverídicas”.
O órgão explicou ainda que a visita da ministra Macaé Evaristo ao Rio teve caráter humanitário, com o objetivo de acolher as comunidades afetadas e discutir a retomada imediata de serviços públicos essenciais como saúde, educação e assistência social.
Entre as medidas efetivas, o ministério destacou a articulação com órgãos públicos para restabelecimento dos serviços, o mapeamento das necessidades locais e a abertura de um canal no Disque 100 para receber relatos das comunidades impactadas.
Lula critica operação e pede investigação independente
Na terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a ação como uma “matança” e a considerou “desastrosa” do ponto de vista da atuação estatal. Segundo ele, a operação deveria ter se limitado ao cumprimento de mandados judiciais, e não resultado em um saldo tão alto de mortes.
O governo federal informou que vai pressionar por uma investigação independente para apurar eventuais excessos na operação, que ficou marcada como a mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru.
Operação teve 121 mortos e mais de 100 prisões
Deflagrada na última terça-feira (28), a megaoperação “Contenção” reuniu cerca de 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar e tinha como objetivo conter a expansão do Comando Vermelho. Foram cumpridos mais de 100 mandados de prisão e apreendidas 118 armas, entre elas 91 fuzis.
De acordo com dados oficiais, mais de 95% dos mortos tinham vínculo com a facção criminosa, e 54% não eram do Rio de Janeiro. Todos os corpos já foram liberados pelo Instituto Médico-Legal (IML). O Ministério Público Federal requisitou informações sobre o uso de verbas federais durante a operação.
