O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi obrigado pela Justiça do Distrito Federal a apagar uma publicação nas redes sociais em que chamava o Partido dos Trabalhadores (PT) de “Partido dos Traficantes”. A decisão foi assinada pelo juiz Wagner Pessoa Vieira, da 5ª Vara Cível de Brasília, e ainda cabe recurso.

A postagem havia sido publicada três dias após a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos. No mesmo período, o parlamentar também se referiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “presidente dos traficantes”, em outras postagens que repercutiram amplamente nas redes.

Com a decisão judicial, a publicação de Nikolas foi removida do perfil oficial do deputado. O magistrado entendeu que o conteúdo ultrapassava o limite da liberdade de expressão e feria a honra do partido político. O processo segue em tramitação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

A ação foi movida pelo Partido dos Trabalhadores, que também pede indenização por danos morais. Esse pedido ainda não foi analisado pelo juiz na medida cautelar. Além da exclusão do post, o deputado foi intimado a apresentar defesa no prazo de 15 dias.

Nikolas rebate e diz ser vítima de perseguição

Após a determinação judicial, Nikolas Ferreira voltou às redes sociais para comentar o caso. Em uma nova postagem, ele compartilhou uma reportagem que mostrava a ampla maioria de votos que o presidente Lula recebeu em presídios brasileiros.

Lula recebeu 4 de cada 5 votos de eleitores presos. Além de quando, anunciada sua vitória, há dezenas de vídeos dentro de presididos comemorando sua eleição. E mais: foi meramente uma resposta à esquerda que levantou “PL PARTIDO DOS TRAFICANTES”. A justiça só vai atrás de quem é… pic.twitter.com/IOe21uAVRJ

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) November 3, 2025

Mesmo sem a publicação original, o episódio reacendeu o embate entre Nikolas e o PT, marcado por trocas de acusações constantes e declarações polêmicas que costumam mobilizar apoiadores e críticos do deputado nas redes sociais.