Congresso garante Orçamento de 2026 com R$ 61 bilhões em emendas
Maior fatia vai para emendas individuais, de bancada e de comissão
Por: Redação|Agência Brasil
19/12/2025 • 18:42 • Atualizado
O Congresso Nacional deu "sinal verde", em sessão conjunta realizada nesta sexta-feira (19), ao Orçamento de 2026. No pacote aprovado, um valor robusto chamou atenção: R$ 61 bilhões reservados para emendas parlamentares, dinheiro que deputados e senadores indicam para obras e ações nos seus redutos. Tudo dentro do texto relatado pelo deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
Desse total, R$ 49,9 bilhões ficam concentrados nas emendas individuais (RP 6), de bancada (RP 7) e de comissão (RP 8). Já R$ 11,1 bilhões seguem para emendas que entram diretamente nas despesas dos ministérios, sob gestão do Poder Executivo.
Antes de chegar ao plenário, o relatório passou pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), que aprovou o texto ainda na tarde desta sexta. No balanço geral, o cálculo projeta um superávit de R$ 34,5 bilhões, alinhado à meta fiscal estipulada para o próximo ano, que prevê resultado positivo de 0,25% do PIB. Com a margem de tolerância, o resultado primário pode variar entre zero e R$ 68,5 bilhões.
Durante a costura do texto final, o relator promoveu cortes em despesas obrigatórias e em programas considerados vitrines eleitorais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A equipe econômica entrou em campo para negociar os ajustes, com participação da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para fechar a conta sem estourar o arcabouço fiscal.
Mesmo com os cortes, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 garante R$ 110,8 bilhões em investimentos, valor bem acima do piso exigido pelas regras fiscais, que gira em torno de R$ 83 bilhões, o equivalente a 0,6% do PIB.
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