“ACM Neto não será candidato e, se for, vai perder, diz Lúcio Vieira Lima
Ex-deputado e presidente de honra do MDB-BA prevê reeleição de Jerônimo Rodrigues em 2026
Por: Domynique Fonseca
05/11/2025 • 15:30 • Atualizado
O ex-deputado federal e presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, fez uma análise sobre o cenário político do estado e não poupou críticas ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), durante entrevista ao programa Portal Esfera no Rádio, transmitido pela Itapoan FM (97,5) e apresentado por Luis Ganem nesta quarta-feira (5).
“ACM Neto vai perder. Ele pode espernear, mas não será candidato ao governo e, se for, vai perder”, declarou o ex-deputado, ao comentar as movimentações da oposição e o desempenho do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Jerônimo será reeleito com 70% dos votos”
Lúcio comparou o comportamento de Neto, quando prefeito, à postura atual de Jerônimo. Segundo ele, o governador tem seguido a mesma linha de governar “para todos os baianos”, o que, em sua visão, reforça a chance de vitória nas urnas.
“Jerônimo está chamando deputados da oposição, prefeitos e vereadores, governando para todos, como Neto dizia que fazia em Salvador. A diferença é que ele [Jerônimo] está fazendo isso de verdade e por isso vai ser reeleito com 70% dos votos”, afirmou.
O ex-deputado também destacou o ineditismo de prefeitos ligados ao União Brasil declararem apoio ao governador petista. “Nunca se viu na história política da Bahia uma manifestação tão expressa de apoio de líderes da oposição ao governo. Isso mostra a força de Jerônimo e a falta de rumo da oposição”, completou.
Questionado sobre o desempenho de ACM Neto fora da capital, Vieira Lima foi categórico: “Em Itabuna, ele não tem uma liderança sequer. Todos os candidatos a prefeito se afastaram dele. Os deputados que ainda o apoiam fazem isso apenas para salvar a própria eleição”.
Para o dirigente do MDB, a base de Neto está enfraquecida e as tentativas de manter o nome do ex-prefeito em evidência fazem parte de uma “estratégia de sobrevivência política”. “Eles ficam insistindo em Neto porque precisam de um discurso. Mas, na hora que a ficha cair e se confirmar que ele não é candidato, nenhum deputado ligado a ele se elege”, avaliou.
“Bruno e João Roma vão disputar o espaço da direita”
Na visão de Lúcio Vieira Lima, o cenário para 2026 já está se desenhando, e a disputa na oposição deverá se concentrar entre o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), e o ex-ministro João Roma (PL).
“Vai terminar ficando Bruno e João Roma disputando a herança do lado contrário à esquerda. Neto não entra nessa conta. Se ele sair para governador e perder, não será mais candidato a prefeito. E se tentar se candidatar à prefeitura depois disso, seria suicídio político”, analisou.
Apesar das mudanças no cenário nacional, Lúcio reforçou a força do MDB na Bahia, afirmando que o partido mantém crescimento e estrutura sólida.
“Somos o primeiro partido do Nordeste em número de filiados, o oitavo do Brasil e o terceiro da Bahia, atrás apenas do PT e do União Brasil. É uma potência partidária, respeitada e com raízes em todos os territórios”, concluiu.
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