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Política

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Zambelli seguirá presa na Itália por risco de fuga

STF já condenou deputada a mais de 15 anos de prisão em dois processos

Por: Lorena Bomfim

28/08/202509:16

A Justiça da Itália decidiu, nesta quinta-feira (28/8), manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) presa no Instituto Penitenciário de Rebibbia, localizado na periferia de Roma. A medida, segundo apuração do Metrópoles, foi tomada diante do risco de tentativa de fuga por parte da parlamentar. Zambelli está detida há um mês, onde deverá permanecer até a conclusão do processo de extradição.

Zambelli seguirá presa na Itália por risco de fuga
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Na quarta-feira (27/8), Zambelli participou de uma nova audiência, na qual foi apresentado o resultado da perícia médica oficial. O laudo concluiu que a deputada possui condições de permanecer em cárcere, desde que receba tratamento adequado.

Condenações no Brasil

  • Zambelli foi presa na Itália em 29 de julho, após passar quase um mês foragida da Justiça brasileira.

  • No último dia 22 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O placar foi de 9 votos a 2.

  • O processo teve origem no episódio em que Zambelli perseguiu, armada, o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

  • Essa foi a segunda condenação da deputada por um colegiado do STF. Na primeira, a Primeira Turma a sentenciou a 10 anos e 8 meses de prisão pela participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, além da inserção de documentos falsos na plataforma.

Defesa alega problemas de saúde

Familiares e advogados da deputada afirmam que ela sofre de pelo menos 10 doenças. A defesa chegou a contratar uma perícia médica particular, paralela à oficial solicitada pela Justiça italiana. O documento, com quase 90 páginas, tenta comprovar que o estado de saúde da parlamentar estaria comprometido e teria se agravado após a prisão, argumento usado para tentar viabilizar sua soltura.