Em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a mobilização da população para o alistamento em massa de civis na Milícia Nacional Bolivariana do país.

Em mensagem publicada em seu canal no Telegram, Maduro parabenizou os participantes do ato, afirmando que a adesão demonstra “compromisso com a defesa integral da nação”. “Cada homem e mulher alistados representam a vontade de um povo que não se rende, que se prepara, se une e defende sua soberania com dignidade e coragem”, escreveu o líder chavista.

O governo venezuelano disponibilizou mil postos de alistamento distribuídos pelos 225 municípios do país para um mutirão de inscrições realizado entre sábado (30/8) e domingo (31/8). A iniciativa visa reforçar a Milícia Nacional Bolivariana, já fortalecida no último fim de semana com outra convocação de caráter militar.

O contexto de mobilização ocorre em um momento de crescente pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Maduro. Washington classifica o presidente venezuelano como líder do cartel de Los Soles, considerado uma organização terrorista, e enviou navios de guerra para o mar do Caribe como forma de intimidação.

Além do alistamento civil, Maduro mobilizou cerca de 4,5 milhões de milicianos e deslocou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia. Navios de guerra também foram enviados para patrulhar as águas territoriais venezuelanas, reforçando a presença militar do país na região.