Netanyahu rejeita cessar-fogo e promete ofensiva em Gaza
Hamas aceitou trégua, mas Israel mantém ataques
Por: Victor Hugo Ribeiro
21/08/2025 • 16:23 • Atualizado
Nesta quinta-feira (21), o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu declarou que deve permanecer com as ofensivas na Faixa de Gaza, mesmo que o grupo do Hamas concorde com um cessar-fogo. De acordo com ele, Israel está "preste a completar a guerra". Além disso, o ministro citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que ele defendeu o desaparecimento do Hamas do território palestino.
“Vamos fazer isso de qualquer maneira. Nunca houve dúvida de que não deixaríamos o Hamas lá. Acho que o presidente Trump disse da melhor forma, dizendo que o Hamas precisa desaparecer de Gaza. É como deixar a SS na Alemanha. Sabe, você limpa a maior parte da Alemanha, mas deixa de fora Berlim, com a SS e o núcleo nazista lá”, disse Netanyahu em entrevista à SKY News Austrália.
As negociações
Em uma reviravolta nas negociações de paz, o Hamas anunciou na última segunda-feira (18), que aceitou a proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito e Catar. O acordo prevê uma pausa de 60 dias nas operações militares na Faixa de Gaza e a troca de metade dos reféns israelenses por prisioneiros palestinos.
Apesar da aceitação do Hamas, Israel ainda não se manifestou. Fontes próximas às negociações indicam que o texto é quase idêntico a uma versão anterior que já tinha a aprovação de Tel Aviv, apresentada pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff. Já essa aceitação do Hamas contrasta com a recente decisão de Israel de intensificar sua ofensiva militar.
Outro fator que o ministro reforçou é que será essencial a eliminação do último reduto do Hamas para que haja paz duradoura e sinalizou que a guerra está próxima do fim.
As Novas Ofensivas
Uma ofensiva de larga escala foi lançada na Cidade de Gaza está sob cerco total das forças israelenses nesta quinta para tomar o último grande bastião do Hamas no território palestino. A ONU alerta para o risco de morte de crianças por fome na Faixa de Gaza.
Além disso, o plano foi aprovado na última quarta-feira (20), pelo ministro de defesa de Israel, Israel Katz, e ainda aguarda o aval final do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, previsto para essa semana.
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