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Política

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Justiça da Argentina apura corrupção que pode envolver Karina Milei

Buscas apreendem US$ 266 mil e citam irmã do presidente argentino

Por: Victor Hugo Ribeiro

25/08/202518:04Atualizado

A Justiça argentina realizou 16 buscas como parte de uma investigação sobre possível corrupção na Agência da Pessoa com Deficiência, que pode envolver Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei. A investigação foi iniciada após o vazamento de áudios de Diego Spagnuolo, o ex-chefe da agência.

Milei e Irmã
Foto: Reprodução/X/@JMilei

Com os supostos áudios, Spagnuolo falaria sobre propinas e citaria o nome de Karina Milei, que é a Secretária-Geral da Presidência. Ele também teria associado o esquema de corrupção a outros altos funcionários. A autenticidade das gravações ainda não foi confirmada pela Justiça, mas fontes anônimas ligadas ao caso afirmam que as falas não foram desmentidas.

Além disso, as buscas incluíram uma farmácia, considerada nos áudios como uma das principais fornecedoras da Agência. No local, foram apreendidos cerca de US$ 266 mil (equivalente a R$ 1,5 milhão). Foram recolhidos celulares, computadores e documentos de compras e licitações de medicamentos. Nenhuma prisão foi realizada, e as informações sobre o caso são limitadas devido ao sigilo judicial.

Já os áudios indicam um suposto "esquema de cobranças e pagamento de propinas relacionado à compra e fornecimento de medicamentos". Se comprovado, isso pode configurar crimes como corrupção, fraude administrativa e formação de quadrilha.

O governo de Javier Milei ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações, feitas pelo advogado Gregorio Dalbón. A investigação ocorre em um momento politicamente sensível, logo após o Congresso anular um veto do governo que impedia a ampliação de verbas para a área da Deficiência, o que representou uma derrota para o presidente. As acusações também surgem em meio à campanha para as eleições legislativas de 26 de outubro.