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Política

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EUA aumentam pressão militar no Caribe com envio de navios e aviões

Maduro responde com mobilização de milicianos após ameaças e recompensa por sua captura

Por: Lorena Bomfim

19/08/202519:00

O USS Lake Erie, um cruzador de mísseis guiados dos Estados Unidos, atravessou o Canal do Panamá na noite de sexta-feira (29) em direção ao Caribe, após dois dias de estadia no Porto de Rodman. A travessia ocorre em meio ao aumento das tensões entre Washington e Caracas, com o envio de navios, aviões e submarinos pela administração Trump à região.

EUA aumentam pressão militar no Caribe com envio de navios e aviões
Foto: Marinha dos Estados Unidos

O deslocamento faz parte de uma operação antidrogas dos EUA, voltada para desarticular cartéis que atuam no Caribe. Um dos principais alvos da operação é o "Cartel de los Soles", supostamente liderado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro. Em março deste ano, Washington dobrou a recompensa por informações sobre o líder chavista, elevando o valor para US$ 50 milhões.

O USS Lake Erie possui 173 metros de comprimento e 9.800 toneladas, sendo equipado com o avançado sistema de combate Aegis, utilizado para interceptação aérea e de mísseis. A embarcação passou pela eclusa de Pedro Miguel por volta das 21h30, horário local, iniciando uma jornada de 80 km até o Atlântico.

A operação dos EUA na região já mobilizou três destróieres, três navios de desembarque anfíbio e aviões espiões P-8 Poseidon, além de cerca de 4.000 militares.

Resposta de Maduro e Mobilização Popular

Em resposta ao aumento da presença militar americana, o presidente Nicolás Maduro anunciou o "Plano Nacional de Soberania e Paz", convocando milicianos, reservistas e cidadãos para fortalecer a defesa da Venezuela. Ele ordenou o alistamento de 4,5 milhões de milicianos, especialmente após o governo dos EUA oferecer US$ 50 milhões pela captura de Maduro.

O ministro da Defesa, Vladimiro Padrino, descreveu o alistamento como “popular” e “voluntário”, em uma clara rejeição às "agressões imperialistas" dos EUA. Além disso, centenas de venezuelanos se reuniram em quartéis e praças no sábado (23), atendendo ao chamado de Maduro para reforçar a resposta do país às ameaças externas.