STJ mantém prisão do deputado Binho Galinha e nega habeas corpus
Corte rejeitou recurso da defesa e confirmou decisão que mantém o parlamentar baiano preso por suspeita de liderar organização criminosa
Por: Redação
09/10/2025 • 11:17
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, na noite desta quarta-feira (8), negar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do deputado estadual Binho Galinha (sem partido). A decisão, assinada pelo presidente da Corte, ministro Herman Benjamin, mantém o parlamentar preso preventivamente.
De acordo com o STJ, não há elementos que justifiquem a revogação da prisão decretada em 19 de agosto pela juíza Márcia Simões Costa, da Vara Criminal de Feira de Santana. A defesa buscava reverter a decisão, mas o tribunal entendeu que as razões para a detenção permanecem válidas.
O filho do deputado, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, também teve pedido de liminar negado pela Justiça. O processo seguirá agora para análise do Ministério Público.
Binho Galinha é apontado como líder de uma organização criminosa com atuação concentrada em Feira de Santana e municípios vizinhos. Segundo as investigações da Operação Estado Anômico, o grupo é suspeito de envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, tráfico de drogas, obstrução da Justiça, comércio ilegal de armas e usurpação de função pública.
A prisão do deputado e de outros nove investigados foi decretada a pedido da Polícia Federal (PF). Em 1º de outubro, agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar, onde a esposa, Mayana Cerqueira da Silva, e o filho, João Guilherme, também foram presos.
Após permanecer foragido por alguns dias, Binho Galinha se entregou em 3 de outubro ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), em Feira de Santana. Ele foi escoltado por equipes do Gaeco até Salvador, onde permanece custodiado.
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