A mudança do nome da Praça das Artes, Cultura e Memória para Praça das Artes Mestre Neguinho do Samba passou a tramitar na Assembleia Legislativa da Bahia nesta segunda-feira, após o governador Jerônimo Rodrigues enviar o Projeto de Lei nº 26.047/2025 em regime de urgência. O objetivo da proposta é reafirmar o legado do criador do samba reggae, ritmo que redefiniu a identidade sonora e cultural de Salvador.

Conforme detalhado no texto, a iniciativa funciona como homenagem póstuma ao artista e reconhece sua importância para o patrimônio imaterial da Bahia. O documento enfatiza que sua obra “marcou de forma decisiva a identidade cultural de Salvador e da Bahia”, fortalecendo ainda mais a justificativa do governo.

A relevância histórica de Neguinho do Samba aparece descrita na proposta como uma contribuição que ultrapassa a música, já que o artista viveu no Pelourinho e participou ativamente da revitalização criativa da região. Sua presença no bairro ajudou a impulsionar movimentos culturais e sociais que transformaram o Centro Histórico em polo de referência nacional.

Legado cultural

De acordo com o projeto, o reconhecimento acompanha a importância de reforçar valores como a preservação da memória afro-baiana e o incentivo à cultura popular. A proposta acrescenta que a homenagem fortalece o compromisso do Estado com a promoção das manifestações culturais que moldaram a identidade local.

O governo também ressalta que a alteração contempla igualmente o patrimônio cultural e o papel dos agentes históricos responsáveis por renovar a música e a cena artística de Salvador. A iniciativa segue agora para análise das comissões da ALBA, seguindo posteriormente para votação em plenário.

Quem foi Neguinho do Samba

Nascido Antônio Luís Alves de Souza, Neguinho do Samba foi um dos fundadores do Olodum e é amplamente reconhecido como o idealizador do samba reggae, fusão inovadora entre samba, reggae e influências africanas. Seu trabalho impulsionou a valorização da cultura afro-brasileira e contribuiu diretamente para a reocupação simbólica e artística do Pelourinho, consolidando seu nome como referência indispensável da música baiana.