Deputado Diego Castro critica medalha da ALBA a Alexandre de Moraes e recusa presença
"Para mim, é uma vergonha o Parlamento conceder essa medalha", disse ao Portal Esfera no Rádio
Por: Iago Bacelar
12/08/2025 • 13:04 • Atualizado
O deputado estadual Diego Castro (PL) manifestou forte discordância com a decisão da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) de conceder uma honraria ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em entrevista ao programa Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM, o parlamentar afirmou que não participará da cerimônia de entrega da medalha por considerar que o ministro não prestou serviços relevantes ao estado e que a homenagem representa “uma afronta à população”.
Diego apontou ainda contradição por parte da ALBA ao premiar Moraes enquanto negou uma honraria ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, Bolsonaro atendeu aos critérios técnicos para receber a homenagem, citando avanços em programas sociais e obras de infraestrutura na Bahia durante seu governo. “Para mim, é uma vergonha o Parlamento conceder essa medalha a Alexandre de Moraes”, afirmou.
Divergências políticas e críticas à homenagem
O parlamentar disse respeitar o direito de cada colega propor homenagens, mas considerou incoerente a escolha de Alexandre de Moraes, especialmente diante da rejeição que o ministro enfrenta em setores da política baiana.
Ele lembrou que o deputado Rosemberg Pinto foi um dos principais opositores à honraria a Bolsonaro, alegando que o ex-presidente não preenchia os requisitos legais. Para Diego, porém, Bolsonaro cumpriu plenamente tais critérios, principalmente por realizar a maior reforma agrária da história do país, investir em rodovias e ampliar programas sociais, beneficiando diretamente a Bahia.
Castro questionou quais serviços Alexandre de Moraes teria prestado ao estado para justificar a medalha, afirmando que o ministro não possui feitos relevantes nem para o meio jurídico nem para a administração pública baiana. O parlamentar confirmou que não estará presente na sessão de entrega, classificando o ato como um “envergonhamento do Parlamento”.
Contexto político e defesa da coerência
Diego Castro demonstrou preocupação com o uso político das honrarias e defendeu que a concessão de medalhas seja baseada em serviços efetivos prestados ao estado e à sociedade, evitando decisões que possam ser interpretadas como favorecimento político ou desrespeito à opinião pública.
Ele também reforçou seu compromisso com a liberdade de expressão e a divergência de ideias no Legislativo, afirmando que o debate democrático exige posicionamentos firmes e transparentes.
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