Segundo uma análise recente das redes sociais mostra que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 3/2021, conhecida como "PEC da Blindagem", está gerando grande repercussão negativa. Um levantamento indica que 83% das menções de internautas sobre o tema são de reprovação à iniciativa dos parlamentares.

As críticas também se voltaram contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e contra o próprio Congresso, impulsionadas por parlamentares e influenciadores de esquerda. Hashtags como “CongressoInimigoDoPovo” e vídeos de inteligência artificial sobre o assunto ganharam força na internet.

Sobre a PEC 

A proposta, que teve o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) como relator, busca alterar as regras de julgamento de congressistas. O texto prevê que a prisão de parlamentares só poderá ocorrer em casos de crime inafiançável e em flagrante. Nesses casos, a decisão final sobre a detenção seria do próprio Congresso, por meio de voto secreto. A medida também estabelece que os presidentes nacionais de partidos com representação na Câmara e no Senado sejam julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Hoje, a Constituição Federal prevê foro especial para o presidente e vice-presidente da República, membros do Congresso Nacional, ministros de Estado e o procurador-geral da República.

Reação e posicionamentos

Apesar da grande rejeição, cerca de 17% das menções nas redes sociais foram positivas, vindas principalmente de parlamentares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essas publicações defendem a PEC e criticam o STF, citando decisões recentes contra a Operação Lava Jato.

Em resposta à tramitação da proposta, o ministro Dias Toffoli, do STF, solicitou à Câmara que envie informações sobre o andamento do projeto em um prazo de 10 dias, após um pedido formal do deputado Kim Kataguiri (União-SP).