Malafaia avalia definição de nome como sucessor de Bolsonaro em 2026 como “prematura”
Pastor afirmou que foco da direita evangélica será congresso
Por: Gabriel Pina
19/08/2025 • 17:55 • Atualizado
Nesta terça-feira (19), o pastor Silas Malafaia declarou que a direita evangélica avalia como “prematuro” a definição de um sucessor para o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2026. Segundo Malafaia, o foco para as próximas eleições pelo grupo é o Senado, onde o objetivo é garantir dois senadores por estado.
Malafaia negou qualquer possibilidade de ser candidato à presidência, explicando que seu papel é "exercer influência". Ainda, o pastor criticou governadores que aguardam em silêncio uma queda política de Bolsonaro. Na avaliação de Malafaia, esses políticos “esperando a carniça de Bolsonaro para ver se come”.
De acordo com Silas, a situação de Bolsonaro é similar à tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de concorrer às eleições de 2018, dias após ser preso.
“Lula, já preso e condenado, liberou um dia antes (do encerramento do prazo de candidatura) o nome de Haddad. Por que é que Bolsonaro, que ainda não foi julgado, que ainda tem água para rolar, tem que dizer que A, B ou C vai substituí-lo? Porque eu vou me antecipar aqui? Eu vou aguardar, esperar as águas passarem debaixo da ponte, para no tempo certo dizer: ‘Agora está na hora’. Estou aguardando a música ser tocada toda para poder me posicionar”, afirmou o pastor.
O líder religioso também comentou sua inclusão em um inquérito da Polícia Federal que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, sob ordens do ministro do STF Alexandre de Moraes. Malafaia disse acreditar que a notícia chegará ao presidente norte-americano Donald Trump por meio de pastores próximos a ele, e alertou que essa repercussão internacional não seria positiva para o Brasil, para o STF ou para o ministro Moraes.
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