A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), classificou como “prova definitiva da conspiração” as mensagens trocadas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia.

Segundo Gleisi, os diálogos, revelados pela Polícia Federal, mostram que os envolvidos tramaram contra a Justiça e chegaram a comemorar sanções econômicas impostas ao Brasil, o que ela chamou de comportamento “indecente”. “Quanto mais avançam as investigações, mais fica evidente a sede de poder da extrema-direita, o desprezo pela democracia e pela soberania nacional”, escreveu a ministra em suas redes sociais.

As mensagens aparecem no relatório da PF que levou ao indiciamento de Bolsonaro e do filho Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. De acordo com a investigação, foram recuperadas conversas enviadas via WhatsApp entre 13 de junho e 17 de julho de 2025, período em que os Estados Unidos aplicaram sanções ao Brasil com base na Lei Magnitsky.

Para a PF, as mensagens indicam que pai e filho buscaram pressionar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) utilizando as medidas impostas pelos EUA como ferramenta de intimidação. O caso se soma a outros inquéritos em andamento no STF que investigam o envolvimento do ex-presidente em tentativas de golpe e ataques às instituições.