O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou a alguns líderes partidários que pautaria o projeto de anistia dos envolvidos no 8 de janeiro. A ideia foi discutida no decorrer da reunião na Residência Oficial da Câmara, nesta terça-feira (16).

Com a pauta, o Centrão vê a possibilidade de viabilizar o projeto e torná-lo mais tranquilo para a Câmara, o que não beneficiaria o ex-presidente Bolsonaro. Dessa forma, essa versão está alinhada com o que defende o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Mesmo sem uma data para a votação do projeto de lei, os líderes próximos a Hugo acreditam que, por ser uma questão de urgência, a pauta seja colocada em votação para quarta-feira (17), e que o mérito também possa avançar.

Motta também declarou aos líderes que já comunicou a decisão de colocar a anistia na pauta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois tiveram uma reunião no Palácio da Alvorada nesta segunda (15). Lula, inclusive, teria reforçado sua posição contrária a qualquer tipo de anistia.

A chamada "anistia light" é diferente do projeto original já que não prevê perdão judicial, como deseja parte dos bolsonaristas. Dessa forma, não causaria um grande impacto nas penas aplicadas a Bolsonaro e demais condenados pelo suposto plano de golpe. Mudaria, entretanto, a situação dos julgados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.