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Entenda os próximos passos do julgamento de Jair Bolsonaro no STF

Fim dos depoimentos marca o início da fase final do processo criminal

Por: Felipe Santana

12/06/202515:26Atualizado

Na última terça-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a fase de interrogatórios da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado após as eleições presidenciais de 2022. Agora, o julgamento segue para o início da fase final do processo criminal. Os réus têm prazo de cinco dias para apresentar requerimentos complementares ou solicitar novas diligências.

Foto Entenda os próximos passos do julgamento de Jair Bolsonaro no STF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em seguida, deverá ser aberto o prazo para as alegações finais dos réus e da Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação. O prazo será de 15 dias. As alegações representam a última manifestação da defesa e da acusação antes da sentença, que pode condenar ou absolver os acusados.

A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e de mais seis réus da trama golpista ocorra no segundo semestre deste ano, entre agosto e setembro. A decisão será da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, formada pelo relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Em caso de condenação, as penas podem passar de 30 anos de prisão. 

Prisão

A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática e só poderá ser efetivada após o julgamento dos recursos dos acusados contra a condenação. Em caso de condenação, os réus não devem ficar em presídios comuns. Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). O núcleo 1 tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição.