Auditor suspeito de fraudes bilionárias em empresas recebeu mais de R$ 60 mil
Operação Ícaro investiga propinas e favorecimento de empresas com créditos irregulares
Por: Gabriel Pina
13/08/2025 • 16:49 • Atualizado
Apontado como o principal operador de um esquema bilionário de fraude tributária envolvendo empresas, como a farmacêutica Ultrafarma, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto teve uma remuneração bruta de mais de R$ 60 mil no mês de julho. Preso ontem (12) durante a Operação Ícaro, o servidor público é suspeito de receber, desde 2021, cerca de R$ 1 bilhão em propinas.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gomes era responsável por favorecer empresas com créditos tributários irregulares. Dados de transparência mostram que, em junho, o auditor recebeu R$ 33.781,06 de remuneração base, além de R$ 30.573,45 em pagamentos eventuais, totalizando R$ 64.354,51. Com o abate-teto, que limita os ganhos ao salário do governador, o valor líquido recebido foi de R$ 25.556,04.
O MPSP agora investiga se, além da rede de farmácias, outras empresas como Fast Shop, OXXO e Kalunga também estariam envolvidas nas fraudes.
Relacionadas