O encerramento do Circuito Mulheres Negras em Movimento será realizado neste domingo (27), em Salvador. A partir das 18h, a Praça Maria Felipa, no bairro do Comércio, recebe o show “Ancestranças”, idealizado por Larissa Luz, com participações de peso: Luedji Luna, Mariene de Castro, Majur e Rachel Reis. O evento é gratuito e celebra o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, além de marcar o fim da primeira edição do circuito, que ao longo de dez dias promoveu ações culturais, artísticas e sociais voltadas ao protagonismo feminino negro na capital baiana.

O evento conta ainda com apresentações do Balé Folclórico da Bahia e da Banda Didá, reforçando a força e ancestralidade da música afro-baiana. A ideia é transformar o palco em um espaço de celebração, denúncia, acolhimento e resistência. Segundo Larissa Luz, o conceito de “Ancestranças” busca homenagear os caminhos abertos pelas mulheres negras que vieram antes, apontando novas trilhas para as que seguem.

A programação do domingo começa cedo. O Memorial da Capoeira recebe um café da manhã às 8h30 e uma roda de capoeira. Já às 10h, a Praça Maria Felipa vira vitrine de empreendedorismo com a Feira de Empreendedoras Negras. Em seguida, há encontro de tambores, samba, rodas de conversa, dança e intervenções artísticas. Destaque para a participação da filósofa e escritora Djamila Ribeiro, que às 14h comanda um bate-papo na Casa das Histórias. Às 17h, ocorre uma premiação promovida pelo fundo Agbara, o primeiro fundo filantrópico do Brasil voltado exclusivamente para mulheres negras.

O Circuito Mulheres Negras em Movimento é uma realização da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), e teve como foco a valorização das histórias, saberes e potências de mulheres negras da cidade. Mais do que um evento cultural, a iniciativa se consolidou como espaço de fortalecimento identitário, geração de renda e reconhecimento público.

Com nomes de destaque da música baiana contemporânea e uma proposta que une arte, ancestralidade e política, o show deste domingo reforça Salvador como epicentro da cultura negra brasileira. A expectativa é de grande público e de uma noite marcada por emoção, memória e representatividade.