'Quero é mais!', diz Jadsa sobre a presença baiana no Grammy Latino
Portal Esfera conversou com a artista, que foi uma das indicadas na premiação
Por: Gabriel Pina
18/09/2025 • 18:06 • Atualizado
Na última quarta-feira (17), a Academia Latina de Gravação divulgou a lista de indicados para a 26ª edição do Grammy Latino. Entre os agraciados, sete artistas da Bahia conquistaram reconhecimento da Academia, incluindo Jadsa Castro, ou apenas Jadsa.
A soteropolitana, que tem deixado crítica e público “vidrados” no seu som, teve seu último disco “big buraco” indicado na categoria “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa”, ao lado de nomes como a banda Baianasystem e do rapper Djonga. A cantora conversou com o Portal Esfera e falou sobre sua indicação, além de comentar a presença da música baiana na maior premiação musical da América Latina.
“A notícia do Grammy Latino chegou através de 2 amigos produtores da minha produtora, Maíra Morena, pelo celular, logo depois dos primeiros segundos de anúncio dos indicados. Bem, daí você já sabe né? Pulei a casa toda. Foi um delírio!”, comentou a artista.
Nas redes sociais, Jadsa compartilhou a notícia, o que rendeu comentários de outras artistas celebrando a novidade, incluindo as conterrâneas Luedji Luna e Rachel Reis, que foram indicadas na categoria “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira”, além de Sued Nunes, que disputa na categoria “Melhor Artista Revelação”. Além disso, a cantora Liniker, que lidera o número de indicações entre artistas brasileiros, com sete também comemorou.

Foto: Reprodução/ Instagram @jadsaaa
Lançado em maio de 2025, “big buraco” foi classificado pelo Música Instantânea, portal especializado sobre música, como um dos melhores lançamentos do ano. E não à toa, o trabalho sintetiza elementos do samba-rock, reggae, rock, blues, além de experimentações da própria artista, elevando ainda mais o nível de qualidade vista no seu aclamado antecessor “Olho de Vidro”
“O disco foi gravado em janeiro de 2024, com produção minha e de Antonio Neves. Toda a base das músicas foram gravadas em 7 dias, incluindo as guias das músicas. Eu queria um disco de “fácil” escuta e que tivesse timbres próximos aos das músicas dos anos 70, 90 e 2020. [...] O big buraco sou eu, e lá eu falo de mim, das minhas vivências, de amor e das frutas que tanto me inspiram. Também tem um pouco de cada um que participou”, destacou Jadsa, que está rodando o país com a turnê do projeto.
Na estrada desde 2015, quando fez sua estreia com o single “Godê”, a baiana é um dos grandes nomes surgidos na cena musical independente do estado.
“Acredito que o Grammy, dessa vez, não teve muita alternativa de escolha porque a qualidade do trabalho independente está surreal. Eu fico muito feliz de meu disco ter sido ouvido pelos curadores e de ter sido indicado numa categoria que me cabe. Me dá mais vontade de compor novas obras e continuar fazendo do meu jeito”, destacou a cantora.
Por fim, Jadsa comentou a presença do mercado fonográfico baiano na edição de 2026 do Grammy Latino. Além da cantora, Baianasystem, Gilberto Gil, Luedji Luna, Rachel Reis, Sued Nunes e Tierry também foram indicados, marcando uma das maiores participações do estado na premiação
“A Bahia sempre esteve presente em tudo relacionado à arte. E na música, mais ainda. Eu entendo que essas 7 indicações baianas ao Grammy são retrato de um trabalho construído por muitos anos e muitas mãos com força e fé. Teimo em dizer que ainda está pouco. Eu quero é mais!”, completou Jadsa.