O cantor Igor Kannário, de 40 anos, conhecido pelos fãs como o “Príncipe do Gueto”, mais uma vez prendeu a atenção dos baianos com fortes declarações durante entrevista concedida ao programa 'PodPah', nesta semana. Ele revisitou o passado e enfatizou o momento delicado, que viveu em janeiro de 2015, ao ser preso com indicativo de tráfico de drogas. A situação fez o soteropolitano associar a sua história com o rapper Oruam. 

Para Kannário, ele e o artista carioca são vítimas do preconceito em decorrência do gênero musical que assumiram, além do conteúdo das músicas que interpretam: “O que Oruam passou no Rio de Janeiro, eu passei aquilo em Salvador, sendo que eu não tenho pai cabeça cara. O que o trap vive hoje, eu já vivia 15 anos atrás." 

Durante a entrevista, o artista baiano também discorreu sobre algumas experiências vividas na cadeia. "Cheguei lá dentro, quando eu passo pelo portão, já começou a cantar minha música. Todas as minhas músicas, bater na parede. 'É o Kannário ou não é? É!'", lembrou.

Sempre autêntico, o "Príncipe do Gueto" fez questão de afirmar que não teve razão concreta para ele ser detido, assim como, segundo ele, Oruam. "E eu dentro do presídio era quem, pô? Nunca assaltei ninguém, nunca matei ninguém, nunca nada. Vi muita coisa lá, o bagulho é doido. O filho chora e mãe não vê de verdade. Quando eu vi a história do moleque, eu fiquei ‘p*rra, estão fazendo com o moleque o que fizeram comigo'", enfatizou.

Futuro de Oruam

Oruam ficou preso por um total de 69 dias na capital carioca, acusado por tráfico de drogas, desacato e lesão corporal. Ele deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, situado na Cidade Maravilhosa, recentemente, no último dia 29 de setembro. O rapper, no entanto, cumpre medidas cautelares até o julgamento final ocorrer.