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Família de Preta Gil processa padre por racismo religioso

Processo acusa sacerdote de Campina Grande de ofender religiões afro-brasileiras e desrespeitar a memória da artista

Por: Lorena Bomfim

13/10/202511:02Atualizado

A família da cantora Preta Gil ingressou com uma ação judicial contra o padre Danilo César, da Paróquia São José, em Campina Grande (PB), acusando-o de racismo religioso e intolerância. O processo, movido na Justiça do Rio de Janeiro, pede uma indenização de R$ 370 mil por danos morais. As informações são do jornal O Globo.

Ação na Justiça do Rio pede indenização de R$ 370 mil após declarações feitas em homilia sobre a fé da cantora e de Gilberto Gil
Foto: Reprodução/Internet

De acordo com a ação, dias após a morte de Preta, em julho, o sacerdote teria feito comentários ofensivos durante uma homilia transmitida ao vivo. Na ocasião, ele se referiu às religiões de matriz africana como “forças ocultas” e fez insinuações sobre a fé da cantora e de seu pai, Gilberto Gil, sugerindo que os orixás não teriam poder para “ressuscitá-la”.

Entre os autores do processo estão Gilberto Gil, sua esposa Flora, os filhos Nara, Marília, Bela, Maria, Bem e José, além do filho de Preta, Francisco. Para a família, as declarações do padre extrapolam o direito à liberdade de expressão e representam um ataque à memória e à religiosidade da artista.