Responsável por nocautear o lendário lutador Wanderlei Silva durante a confusão generalizada que se seguiu ao evento Spaten Fight Night 2, Rafael Freitas, filho mais velho do ex-pugilista Acelino "Popó" Freitas, se desculpou pelo ocorrido, mas justificou sua ação como um ato de legítima defesa diante do caos que se instalou.

Leia também: Popó sofre lesão em briga e passa por cirurgia na mão

Em entrevista ao Fantástico, Rafael afirmou que, ao perceber a equipe de Wanderlei Silva, incluindo seu filho, o treinador André Dida e o lutador Fabrício Werdum, agredindo seu pai e seus irmãos, entrou no ringue para protegê-los. Ainda, segundo o filho de Popó, no calor do momento, seu único instinto foi defender sua família, e pediu desculpas publicamente a Wanderlei e sua família, reconhecendo a trajetória do adversário no esporte e ressaltando que não teve a intenção de feri-lo.

A confusão aconteceu durante o quarto round da luta entre Popó e Wanderlei, depois que o árbitro desclassificou Silva por aplicar golpes ilegais, como cabeçadas e uma joelhada. Nas imagens do incidente, Rafael aparece entrando no ringue e desferindo primeiro um golpe na nuca de Wanderlei, seguido por um soco direto que deixou o ex-lutador do UFC inconsciente. Wanderlei foi atendido no local e precisou ser levado a um hospital em São Paulo, onde recebeu pontos no rosto devido a fraturas decorrentes da agressão.

Do ponto de vista jurídico, o advogado de Wanderlei Silva, Claudio Dalledone, qualificou a ação de Rafael como criminosa, classificando-a como uma tentativa de homicídio por ter sido um ato traiçoeiro, cometido pelas costas, contra um homem de 50 anos que já havia encerrado o combate e se encontrava com a guarda baixa. O caso deve seguir para os tribunais.