A Corte Provincial de Madri condenou, nesta segunda-feira (16), os quatro acusados de serem autores de um boneco com o rosto do Vini Jr, que simulava um enforcamento, antes de um clássico entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid.

De acordo com a LaLiga, liga oficial de futebol espanhol, ao todo foram condenados sete pessoas: três réus, por crime de ódio e ameaças, foram sentenciados à 14 meses de prisão, além dos quatro condenados pelo boneco de Vini Jr., que receberam uma sentença de 22 meses de reclusão, pelos mesmos crimes, mas com o agravamento de terem divulgado imagens do ato na internet.

"Esta decisão representa um passo importante na luta contra o ódio e a discriminação no esporte. A LaLiga reafirma seu compromisso inabalável com a erradicação de qualquer forma de racismo, violência ou intolerância, dentro e fora dos estádios.", afirmou a Liga.

Fora a condenação, os criminosos foram multados em cerca de R$ 7 mil, valor pago pelos condenados à 22 meses. Já o restante dos acusados deve pagar R$ 4,6 mil. Os culpados também estão proibidos de se aproximarem de qualquer estádio de futebol durante partidas da liga espanhola ou de competições organizadas pela Federação Espanhola de Futebol, no período de quatro horas antes e depois de cada partida. 

Além disso, a justiça ordenou a proibição de qualquer forma de comunicação com o Vini Jr., por um período de quatro anos após o término da pena de prisão, bem como se aproximar a menos de 1.000 metros do jogador, sua residência ou seu local de trabalho, o centro de treinamento do Real Madrid

Ainda segundo a LaLiga, os réus assinaram uma carta de desculpas para Vinicius Junior, ao Real Madrid, à liga e à Federação Espanhola. Com isso, a pena dos condenados foi atenuada por reparação de danos. Por fim, eles deverão participar das aulas do programa de formação sobre igualdade de tratamento e não discriminação. Com isso, suas penas podem ser até anuladas.

O caso ocorreu em janeiro de 2023. Além do boneco, foi pendurada também uma faixa escrita 'Madri odeia o Real'. Na época, o Real Madrid, o Atlético de Madrid, a LaLiga e a federação espanhola repudiaram o ato. O caso se juntou a outros episódios de violência racial e discriminatória que Vini Jr. passou em sua carreira na Europa.