Thiago Mastroianni relembra trajetória e paixão por narração e aviação
Narrador esportivo conta sua história no rádio, a criação do bordão "Tá na Rede" e seu fascínio por aviões
Por: Domynique Fonseca
02/10/2025 • 17:00
Durante participação no programa Portal Esfera no Rádio, da Itapoan FM (97,5), nesta quinta-feira (2), o jornalista e narrador esportivo Thiago Mastroianni abriu o coração sobre sua trajetória no jornalismo esportivo, a paixão desde a infância pelas narrações e até sua curiosidade por aviação. O programa é apresentado por Luis Ganem.
No bate-papo descontraído, Thiago contou que sua ligação com a comunicação começou ainda na infância, influenciado pelo pai, que trabalhava como publicitário. Natural de Caruaru (PE), Mastroianni passou por Fortaleza e Recife antes de se mudar definitivamente para Salvador aos quatro anos de idade, cidade pela qual nutre forte identificação.
“Meu pai trabalhava na Norton Publicidade, no bairro do Canela. A gente morou em Recife por dois anos antes de vir para Salvador. Eu me considero baiano”, contou.
A paixão que começou no futebol de botão
Thiago revelou que sua vocação para a narração esportiva surgiu de forma lúdica, ainda criança, brincando de futebol de botão. Com um tabuleiro em casa, ele imitava os grandes narradores da TV.
“Com oito, nove anos, eu já imitava Luciano do Valle. Engrossava a voz e narrava: ‘Lá vem Zico, pela direita, o cruzamento...’. Tudo nasceu ali, no estrelão do futebol de botão”, relembra.
O surgimento do bordão "Tá na Rede"
Conhecido pelo bordão “Tá na Rede”, Thiago explicou como surgiu a marca registrada que o acompanha até hoje nas transmissões e no podcast homônimo, que vai ao ar toda quinta-feira, às 18h, no YouTube, com produção da 585 Estúdios.
“Eu me inspirei no Fernando Sasso, da Globo Minas, que dizia ‘Tá no Filó’ quando saía gol. Mas ‘Filó’ é um tecido que pouca gente conhece. Achei que ‘Tá na Rede’ soava melhor. Pegou, virou bordão e hoje tá até no nome do meu podcast.”
Além de ex-jogadores de Bahia e Vitória, Thiago já levou ao podcast nomes curiosos, como o ex-árbitro baiano Manuel Sarapião Filho, a quem credita como o verdadeiro criador do VAR.
“O criador do VAR é baiano. O Sarapião foi quem idealizou. Não é inglês, nem da FIFA. É nosso”, afirmou.
Entre os momentos marcantes da carreira, o narrador destacou a cobertura da histórica “Batalha dos Aflitos”, em 2005, quando o Grêmio conquistou o acesso à Série A mesmo com três jogadores a menos. A partida foi transmitida pelo SporTV.
“Foi uma das transmissões mais difíceis, com várias janelas simultâneas e outros jogos acontecendo. Mas foi uma das mais memoráveis também. A gente teve que mostrar muito profissionalismo”, disse.
Thiago estima ter narrado cerca de 50 a 55 partidas por ano, antes da pandemia, com presença em campeonatos como o Baiano, Copa do Nordeste e jogos nacionais pelo SporTV e Premiere.
Apaixonado por aviação, Mastroianni também contou que é um entusiasta do simulador de voo Flight Simulator. Com equipamentos importados, como joystick e mancha, ele estuda cartas aeronáuticas e realiza voos virtuais com realismo profissional.
“Sou absolutamente vidrado em aviação. Já cheguei a comprar um livro sobre tragédias aéreas no aeroporto de Congonhas e fui lendo dentro do avião. A aeromoça me olhou como se eu fosse maluco!”, brincou.
Relacionadas
Futebol Nacional
Futebol Nacional
Futebol Nacional
Futebol Nacional