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Sequestro em massa: mais de 300 estudantes são levados por homens armados

Ataque à escola católica reacende alerta nacional na Nigéria

Por: Redação

23/11/202512:53Atualizado

Mais de 300 alunos e 12 professores da Escola St. Mary, uma instituição católica particular no estado de Níger, centro-norte da Nigéria, foram sequestrados por homens armados na última sexta-feira (22). O caso, confirmado pela Associação Cristã da Nigéria (CAN), é um dos maiores sequestros em escolas no país nos últimos meses.

Foto Sequestro em massa: mais de 300 estudantes são levados por homens armados
Foto: Reprodução/ Instagram @nigeriancbs

Segundo o reverendo Bulus Dauwa Yohanna, líder da CAN no estado, o número de vítimas subiu após um censo final, alcançando 303 estudantes, alguns com apenas 10 anos. Parte deles foi capturada ao tentar fugir durante o ataque. Pais e autoridades locais visitaram a escola após o crime.

Diante da escalada da violência, governos federais e estaduais determinaram o fechamento temporário de escolas no norte do país como medida preventiva.

 

Crescimento da violência e novos ataques

 

O sequestro ocorre dias depois de homens armados atacarem uma igreja no estado vizinho de Kwara, matando duas pessoas e levando vários fiéis, incluindo o pastor. No Noroeste, 25 alunas foram raptadas de um internato no estado de Kebbi; a vice-diretora foi morta.

A polícia de Níger informou que equipes de segurança estão vasculhando áreas de floresta para tentar localizar os estudantes.

A Nigéria vive uma onda de violência praticada por grupos armados que realizam sequestros em massa para obter resgate. Tensões religiosas, conflitos étnicos e disputas por terra agravam o cenário de instabilidade.

O governo Trump voltou a destacar a situação da liberdade religiosa no país. Recentemente, os Estados Unidos classificaram a Nigéria como “País de Preocupação Especial” por supostas violações sistemáticas desse direito. Apesar disso, especialistas afirmam que tanto cristãos quanto muçulmanos têm sido alvos de extremistas.

Em Washington, uma delegação nigeriana discutiu o avanço dos ataques com autoridades americanas. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que o governo trabalha com a Nigéria “para acabar com a perseguição de cristãos por terroristas jihadistas”.