Os policiais militares envolvidos na ação que terminou com a morte do adolescente Caíque dos Santos Reis, de 16 anos, no bairro de São Marcos, em Salvador, foram afastados das atividades de rua. A informação foi confirmada pela Polícia Militar da Bahia nesta quarta-feira (1º).

De acordo com a corporação, assim que tomou conhecimento do caso, determinou a adoção imediata do protocolo previsto para ocorrências com trauma, incluindo aquelas que resultam em lesões graves ou morte.

Conforme o regulamento, os agentes foram retirados das funções operacionais, submetidos a oitivas individuais e encaminhados ao Departamento de Promoção Social da PM. Na unidade, recebem acompanhamento psicológico, participam de atividades de apoio emocional e de palestras voltadas à valorização da vida e aos direitos humanos, permanecendo sob monitoramento administrativo até a conclusão das investigações.

As apurações acontecem em duas frentes. Na esfera administrativa, o processo é conduzido pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar, sob responsabilidade do coronel Delmo. Já na esfera criminal, a investigação está a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, que apura as circunstâncias da morte.

Em nota, a PM declarou que “reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a defesa da vida, ressaltando que não compactua com desvios de conduta e assegurará a plena responsabilização de eventuais excessos, sempre garantindo os direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa”.